Agosto 2025
- Rita

- 25 de jul.
- 14 min de leitura
“O Amor e a Sabedoria não são os únicos aspetos do Divino; há também o aspeto do Poder. Assim como a mente procura às cegas o Conhecimento e o coração se aproxima cegamente do Amor, da mesma forma, a força da vida, por mais desajeitada e agitada que seja, tateia em busca do Poder e da maestria que ele nos dá. Por mais corrupto e mal empregado que seja, como o são, aliás, o Amor e o Conhecimento, o Poder é algo divino e foi estabelecido na Terra para uso divino.”
Sri Aurobindo
Queridos alunos e amigos ✨,
Em AGOSTO, porque a afluência ao Shala🪷🍃 diminui consideravelmente, haverá uma alteração e redução nos horários. De MANHÃ, as aulas serão às terças e quintas-feiras, entre as 6h30 e as 8h30. À TARDE, às segundas e quintas-feiras, entre as 17h30 e as 19h30.

🍃🪷 ॐ 🪷🍃
Também em AGOSTO, na 4ª quarta-feira do mês, entre as 17h30 e as 19h00, continuamos a explorar diferentes temas espirituais. Como de costume, este encontro mensal é gratuito e está aberto a todos os interessados, mas requer uma inscrição prévia por parte de quem não frequenta regularmente o Shala🪷🍃, de forma a que seja possível aceder ao espaço (a menos que estejam acompanhados pelos alunos do Shala🪷🍃, que já têm o seu código pessoal).
QUARTA-FEIRA, 27/08
- das 17h30 às 19h00 -
🪷 Satsaṅga e Prāṇāyāma 🪷
“Respirar em Consciência”
🍃🪷 ॐ 🪷🍃
Este mês, voltamos aos básicos, naquele que será provavelmente o mais importante de todos os momentos de partilha que já tivemos até agora.
Vamos colocar a nossa atenção sobre a respiração.
A respiração é o sūtra (सूत्र - fio condutor) da nossa prática de Ashtanga Vinyasa Yoga. Mas não só! A respiração é igualmente o sūtra (सूत्र - fio condutor) da nossa vida, o elo de ligação entre o momento do nascimento e o momento da morte, entre a primeira inspiração através da qual iniciamos e acolhemos esta encarnação, e a última expiração, com a qual nos despedimos e libertamos dela. O verbo RESPIRAR, encontra a sua origem numa forma derivada (“respiratio”) do verbo latino “spirare”, que significa “soprar”. Também a palavra latina “spiritus” tem a mesma origem e deriva do mesmo verbo e, dependendo do contexto, pode significar “sopro”, “respiração”, “vida”, “alma” e/ou “espírito”. A maioria das pessoas não sabe respirar. Mesmo uma grande parte dos praticantes de Yoga não sabe respirar durante a sua prática. Não de forma consciente. Mas, e se uma respiração consciente, fosse a base e a fundação de uma espiritualidade integrada?
“Inhale, and God approaches you.
Hold the inhalation, and God remains with you.
Exhale, and you approach God.
Hold the exhalation, and surrender to God.”
“Inspira, e Deus aproxima-se de ti.
Retém a inspiração, e Deus permanece contigo.
Expira, e tu aproximas-te de Deus.
Retém a expiração, e entrega-te a Deus”.
Sri Tirumalai Krishnamacharya
🍃🪷 ॐ 🪷🍃
Como sempre, acolham apenas o que ressoa para vós dentro do vosso Coração e lembrem-se que são sempre livres de ficar ou de partir, dependendo da forma como se sentem, ou não, em alinhamento com o que ensino, a forma como ensino ou com a própria energia do Shala🪷🍃.
“Quando o aluno está pronto, o professor aparece. Quando o aluno está realmente pronto, o professor desaparece.”
Lao Tzu
🍃🪷🧘♀️💜🧘♂️🪷🍃

“A maioria das pessoas acredita que tudo o que é difícil de compreender deve ser muito profundo. Isto é incorreto. O que é difícil de compreender é o que é imaturo, pouco claro e muitas vezes falso. A sabedoria mais elevada é simples e passa através do cérebro diretamente para o coração.”
Viktor Schauberger
Tudo é energia. Tudo é vibração. Tudo é Frequência. Visível ou invisível, tudo, absolutamente tudo, tem a sua energia, a sua vibração, a sua frequência. Se SOMOS TODOS UM, também é verdade que somos todos únicos. Também a nossa energia, a nossa vibração e a nossa Frequência são únicas e podem ser mais ou menos compatíveis com tudo aquilo que nos rodeia (ou quem…), exigindo de nós uma constante adaptação. E, como tudo e todos estamos interligados, dependendo da consciência e da compreensão que temos da nossa própria energia, da nossa vibração e da nossa frequência, assim como da forma como interagem, influenciam ou são influenciadas pelos outros, pelo mundo que nos rodeia, pelo próprio planeta que nos acolhe, assim nos posicionaremos na nossa prática espiritual e na própria vida. Dependendo da forma como sentimos, acolhemos, compreendemos, aceitamos e, acima de tudo, como respeitamos aquilo que, de forma multidimensional e apesar de não ser visto a olho nu, nos constitui e constitui o mundo à nossa volta, será mais ou menos fácil viver em alinhamento com o apelo da nossa Alma, com os princípios do Dharma (धर्म - Ordem Cósmica), com as Leis Universais e com os Valores Éticos do Yoga (यम yama), assim como com as suas Regras de Disciplina Pessoal (नियम niyama). Alguma energias, vibrações e frequências são ascendentes e puxam-nos para cima. Outras, são descendentes e empurram-nos para baixo. Será que nos conhecemos, respeitamos e amamos o suficiente, para dar prioridade àquilo que nos eleva e limitar ou eliminar definitivamente o que nos rebaixa?
“Respeita-te a ti próprio e os outros respeitar-te-ão.”
Confúcio

Não é porque não conseguimos “ver” essa energia, essa vibração e essa frequência em tudo e em todos, incluindo nós mesmos, que deveríamos descartar a sua existência, resistir-lhe ou ignorá-la… Também não conseguimos ver as ondas de rádio que criam a rede Wi-Fi que, neste momento, nos rodeia e se impõe a nós além da nossa vontade pessoal, em quase todas as partes do planeta (quem é mais sensível e sofre com as radiações emitidas pelos campos electromagnéticos, mais conhecidos por CEM em português, ou EMF em inglês, vai certamente compreender melhor a escolha da palavra “impõe”!). No entanto, toda a gente sabe que existem, toda a gente as utiliza e muitos mesmo, já não conseguem imaginar a sua vida sem elas… É tão simples quanto isto.
Um emissor, uma frequência, um receptor. Uma antena, uma onda de rádio, um aparelho electrónico. E, muitas vezes, uma palavra-passe e também uma vontade pessoal e intenção clara de estabelecer essa ligação entre emissor e receptor. Simples, não é?
Então porque será que tudo se torna mais difícil de sentir, compreender e aceitar, quando isto se aplica a uma realidade orgânica, ao nosso corpo físico, ao nosso corpo energético, ao nosso corpo mental, ao nosso corpo emocional ou ao nosso corpo espiritual?… Se a Fonte Criadora é eternamente inesgotável, a Frequência que emite está permanentemente acessível e todo o nosso Ser foi concebido para ser um perfeito receptor e identificar, reconhecer, localizar e acolher essa Frequência que nos nutre e sustenta, primeiro aparentemente de fora para dentro, mas na realidade, sempre de dentro para fora, então porque está a maioria das pessoas completamente desligada da sua Consciência, da sua Alma, da sua Verdadeira Natureza e Essência Divina, mas também do Outro, do Planeta que nos acolhe, do Universo, de Deus dentro do seu Coração? Onde está a “palavra-passe”?
E, acima de tudo, onde está a vontade pessoal para estabelecer a ligação permanente com a Fonte Divina, sem intermediários e em todos os nossos pensamentos, as nossas palavras, as nossas acções, a cada instante do nosso quotidiano, a cada momento da nossa vida?
“Só quando a vida se orienta para o Divino é que a alma pode verdadeiramente colocar-se em primeiro plano e impor o seu poder às partes exteriores do ser, pois sendo ela própria uma centelha do Divino, a sua verdadeira vida e a razão primordial da sua existência, é crescer como uma chama em direção ao Divino.”
Sri Aurobindo

Mesmo quando estamos determinados a permitir que a ligação ao Divino se faça através do nosso Coração, mesmo quando nos autorizamos a reconhecer e acolher essa Frequência, que naturalmente nos guia para a Expressão Mais Elevada da nossa Alma, despojando-nos aos poucos de tudo o que não serve esse propósito, encorajando-nos a fazer o tão necessário trabalho pessoal sobre as nossas feridas e partes de sombra, afim de curar tudo o que precisa ser curado e de libertar tudo o que precisa ser liberto, para que possamos abrir-nos finalmente à Verdade sobre nós mesmos, sobre os outros, sobre o mundo que nos rodeia, sem necessidade de filtros ou de desviar o olhar, ainda assim, seremos inevitavelmente confrontados a inúmeras variantes e interferências, que podem fazer com que a transmissão da Frequência Divina, da Fonte Criadora até nós e depois de nós até aos outros (a partir do momento em que ela ressoa e está plenamente integrada dentro do nosso Coração e deixa de ser distinta de Quem Somos!), aconteça de forma mais ou menos directa, de forma mais ou menos clara, de forma mais ou menos pura, de forma mais ou menos perceptível…
Não basta apenas reconhecer e sentir essa Frequência Divina, deixá-la ecoar ou ressoar dentro de nós e esperar que algum tipo de “milagre” capaz de transformar toda a nossa existência aconteça… Infelizmente, o mundo em que vivemos está demasiado invertido e corrompido para que isso seja o suficiente e, por isso, temos de querer muito, mas mesmo muito, muito mais que tudo, integrar plenamente essa Frequência Divina e essa Verdade, em cada um dos átomos e células que nos compõem e deixar que guie cada um dos nossos pensamentos, das nossas palavras, das nossas acções, cada uma das nossas escolhas, a cada instante da nossa vida! Colocamos todo o nosso Ser e toda a nossa Fé ao Serviço da Vontade Divina, plenamente conscientes que tudo, absolutamente tudo, através da sua energia, da sua vibração, da sua frequência, a curto, médio, mas acima de tudo, a longo prazo, pode revelar-se como uma benção ou como uma maldição, como um apoio ou como uma interferência, mais uma vez, como algo que nos eleva ou como algo que nos rebaixa, para que possamos, sempre que possível, pensar, falar, escolher, agir em consciência, sem necessidade de atalhos ou de reconhecimento pessoal. Plenamente conscientes que, a maioria das vezes, o caminho aparentemente mais fácil a curto prazo, nem sempre é o que nos levará mais longe e a destino justo, de forma mais estável, segura, harmoniosa e equilibrada, a longo prazo…
No mundo da dualidade em que vivemos, todos os nossos pensamentos, palavras, decisões, escolhas e acções, implicam consequências. E, quer o queiramos admitir e reconhecer, quer não, na nossa prática espiritual (seja o Yoga ou seja qualquer outra forma de espiritualidade), como na nossa vida (que já se sabe, que não é diferente do Yoga!), estamos permanentemente a ser testados, através dessas mesmas decisões, dessas escolhas, dessas acções…
“O Espírito Cósmico usa a Verdade e a Falsidade, o Conhecimento e a Ignorância e todas as outras dualidades como elementos para a manifestação e trabalha o que tem de ser trabalhado, até que tudo esteja pronto para um trabalho mais elevado.”
Sri Aurobindo

Quando temos a intenção de viver a nossa vida de forma plena e consciente, livres da influência dos kleśa (क्लेश - causas de aflição) e de todo o sofrimento (दुःख duḥkha) que provocam (e é óbvio que essa pode não ser a intenção de todos aqueles que praticam Yoga, que frequentam o Shala🪷🍃 ou que assistem às minhas aulas, e está tudo bem assim! Somos todos únicos, tal como é único o nosso caminho, não há necessidade de comparações e menos ainda, de julgamentos…), o questionamento e a reflexão cuidada, atenta e profunda sobre a energia, a vibração e a frequência de tudo o que deixamos entrar dentro de nós, e também de tudo o que permitimos que emane de nós, são, sem dúvida, uma parte indispensável do nosso sādhana (साधन - prática espiritual).
Qual é a energia, a vibração e a frequência:
da comida que como?
das bebidas que bebo?
dos materiais e cores da roupa que visto?
dos suplementos/medicamentos/drogas que tomo?
dos livros que leio?
do que vejo através dos ecrãs (filmes, séries, documentários, horas sem fim do feed das redes sociais)?
dos próprios meios utilizados para esse fim, computadores, telefones, televisões, cinemas?
das diferentes formas de Inteligência Artificial que se infiltram de forma voluntária ou insidiosa em todos os aspectos da minha vida e da forma como alteram a minha Consciência?
dos espaços, sítios e locais que frequento, em trabalho, em lazer, incluindo a minha própria casa, o meu próprio carro?
das actividades profissionais, sociais, familiares que realizo?
das pessoas com quem convivo, na esfera pessoal, familiar, profissional, social?
da própria prática espiritual que escolhi para a minha vida, das “ferramentas” usadas para esse efeito (incluindo o professor que escolhi, o espaço que me acolhe, o momento do dia e o tempo que dedico à mesma, etc.)?
Etc.
E, acima de tudo, qual é a energia, a vibração e a frequência:
dos meus pensamentos?
das minhas palavras?
das minhas emoções?
das minhas escolhas?
das minhas acções?
Etc.

Será que estamos atentos e conscientes de tudo isto? Em relação aos outros e ao mundo que nos rodeia? Mas acima de tudo, em relação a nós mesmos?… Somos tantas vezes excessivamente duros ou excessivamente desleixados em relação a nós mesmos, empurrando-nos até ao limite e mesmo mais além ou, ao contrário, procrastinando e deixando para “mais tarde” aquilo que sabemos ser benéfico para nós no momento presente, confundindo prazer e felicidade (सुखा sukhā) com dor e sofrimento (दुःख duḥkha), confundindo gratificação instantânea com Equilíbrio, Paz e Felicidade a longo prazo… Nestes casos, o mais provável é que a energia, a vibração e a frequência estejam alinhadas com o ego (अस्मिता asmitā), cuja prioridade é sempre a sua própria sobrevivência e não com o apelo da Alma (आत्मन् ātman), que respeita sempre o Tempo Divino e a Odem Cósmica (धर्म Dharma) e está sempre, sempre, sempre, ao Serviço da Expressão Mais Elevada do nosso Ser.
“Uma grande conquista nasce geralmente de um grande sacrifício e nunca é um resultado do egoísmo.”
Napoleon Hill

Nesta altura do Verão e das férias, altura em que a maioria da pessoas aspira essencialmente e naturalmente a viver um quotidiano mais “leve”, “livre” ou mesmo “inconsciente”, sem “restrições”, “obrigações” ou “horários”, na tentativa de “compensar” ou de “recuperar” de toda a pressão sentida pelas obrigações profissionais, familiares e sociais durante o resto do ano, sinto que este tipo de questionamentos e reflexões torna-se ainda mais essencial. Na vida, como na prática de Yoga (que já se sabe que não são coisas diferentes!), será que queremos permitir que a nossa energia oscile desta maneira entre estes dois extremos, dependendo da hora do dia, da época do ano, das actividades que realizamos, dos locais que frequentamos, das pessoas com quem nos relacionamos, da influência dos kleśa (क्लेश - causas de aflição)? Já parámos para pensar cuidadosamente sobre os efeitos que se manifestam em cada um dos nossos corpos (físico, energético, mental, emocional e espiritual), sempre que aumenta a amplitude da nossa vibração, sempre que nos afastamos do nosso centro, sempre que perdemos o nosso ponto de equilíbrio, seja qual for a razão pela qual isso acontece? Já parámos para sentir de que forma isso influencia e transforma a frequência do nosso Coração, da nossa Alma, de todo o nosso Ser?
“Um indivíduo que vibra com a energia do amor puro irá contrabalançar a negatividade de 750 000 que não o fazem.”
David Hawkins

Muitos já perceberam que a prática de Yoga, quando efectuada de forma constante, dedicada e regular, de acordo com as nossas próprias características e capacidades (que, obviamente se vão transformando ao longo dos anos de prática e de vida), mas sempre com disciplina, coragem e dedicação, com uma intenção clara e sincera de permitir que a Verdade (sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o mundo que nos rodeia) possa emergir de dentro para fora, é altamente transformadora. Essa transformação pode ser primeiro visível no nosso corpo físico (sendo o mais grosseiro, será sem dúvida aqui que veremos as primeiras manifestações!), mas acima de tudo, num momento ou noutro, ela torna-se visível nos corpos subtis, no nosso corpo energético, no nosso corpo mental, no nosso corpo emocional e no nosso corpo espiritual. A energia torna-se mais pura e mais capaz de desenvolver o nosso discernimento. A vibração diminui em amplitude e torna-se mais fácil manter o centro ou regressar a ele, quando tudo se torna mais intenso à nossa volta ou dentro de nós, mas aumenta em frequência, permitindo que o nosso Coração, assim como a nossa Consciência, vivam momentos mais frequentes e mais estáveis de expansão. Através da prática, podemos encontrar um eu mais próximo do nosso Verdadeiro EU. Não porque colocamos o pé atrás da cabeça, ou porque fazemos o pino ou porque o nosso corpo começa a realizar posturas que se assemelham às acrobacias do Cirque du Soleil… Mas porque aprendemos a respirar! E através de uma respiração consciente, aprendemos a criar espaço! Criamos espaço dentro de nós, do nosso corpo e da nossa mente. Autorizamo-nos a existir nesse espaço, a que chamamos o momento presente, o aqui e agora, autorizamo-nos a agir, em vez de reagir. Desenvolvemos o nosso discernimento, para termos maior maestria sobre os nossos pensamentos, sobre as nossas emoções, sobre as palavras que proferimos, as escolhas que fazemos e as acções conscientes que delas resultam. Só quando escolhermos agir em consciência, em toda e qualquer situação e circunstância, a partir da Frequência do nosso Coração, onde reside o Divino dentro de nós, e ao Serviço de Deus e da Mais Elevada Expressão da nossa Alma, poderemos igualmente acolher com Paz, Neutralidade e Equanimidade, as inevitáveis consequências das nossas acções. De um ponto de vista absoluto, nada do que fazemos interfere com Quem Somos, Ser Ilimitado, Pleno, Consciente, Soberano e Livre, Satcitānanda (सच्चिदानन्द - Existência, Consciência, Felicidade). Mas de um ponto de vista relativo, neste mundo dual em que vivemos, TUDO, absolutamente tudo o que escolhemos fazer (ou não fazer!), em cada instante, em cada momento, em cada situação, pode aproximar-nos ou afastar-nos de Quem Somos, da nossa Verdadeira Essência Divina, transformando a nossa Energia, a nossa Vibração, a nossa Frequência.
E, por isso, pergunto:
Estamos a escolher em consciência? Estamos a ter em consideração o curto, médio e longo prazo, de igual forma? Estamos a alinhar-nos com a frequência do ego e a escolher um caminho de gratificação instantânea ou estamos a escutar a nossa voz interior, o nosso Coração, o apelo da nossa Alma?
“Entre o estímulo e a resposta existe um espaço. Nesse espaço está o nosso poder para escolher a nossa resposta. Na nossa resposta reside o nosso crescimento e a nossa liberdade.”
Viktor E. Frankl

O ego encontra sempre o seu conforto em zonas de superioridade ou inferioridade, de mérito ou de desmérito, que permanentemente acentuam a ilusão (माया māyā) e reforçam a ignorância (अविद्या avidyā). Com o ego há sempre falsas promessas, feitas sempre em grande pompa e circunstância com base em comparações, que se transformam sempre em julgamentos.
Já a Alma raramente nos guia por caminhos fáceis, mas nunca tem pressa, nunca compara, nunca julga… Não há grandes afirmações ou declarações, apenas leves sussurros, muitas vezes subtis, mas sempre capazes de nos apaziguar, de reforçar a nossa Fé, mesmo no meio das mais difíceis tempestades. Com Compaixão e Paciência, a Alma não tem outra intenção senão ser Testemunha do nosso crescimento, para que possamos um dia alcançar a Libertação (मोक्ष mokṣa) do ciclo de renascimento e transmigração das almas (संसार saṃsāra) e do sofrimento (दुःख duḥkha) que lhe está inevitavelmente associado e, finalmente, regressar a casa, no mundo de Deus (सत्यलोक satyaloka)…
Como sempre, deixo-vos a minha mais profunda e sincera GRATIDÃO pela vossa leitura e atenção e peço-vos que, como de costume, acolham apenas o que ressoa convosco e coloquem de parte tudo o resto, já que tudo o que partilho convosco é apenas o fruto dos meus próprios questionamentos, experiências de vida, compreensões e integrações alcançadas através dos ensinamentos do Yoga, da minha própria prática espiritual, do meu sādhana (साधन), com o apoio incondicional das minhas Equipas Divinas. Com todo o meu AMOR e REVERÊNCIA, desejo-vos coragem, bons questionamentos e boas práticas… Dentro e fora do tapete! Para que um dia, possamos ver no mundo, a mudança que ocorre em nós através do Yoga!
Namaste
✨ 💜 🙏 💜 ✨
Rita
ॐ
ॐ लोकाः समस्ताः सुखिनो भवन्तु
ॐ शान्तिः शान्तिः शान्तिः॥
Oṁ lokā samastā sukhino bhavantu
Oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ
Oṁ
Que todos os seres, em todos os lugares, sejam felizes.
Que haja Paz, Paz, Paz.
ॐ
🍃🪷🧘♀️💜🧘♂️🪷🍃


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