Julho 2025
- Rita

- 27 de jun.
- 25 min de leitura
“O yogi distingue-se dos outros homens pelo facto de viver numa consciência espiritual mais elevada e mais vasta; toda a sua obra de conhecimento ou de criação deve, portanto, emanar dessa consciência, em vez de ser fabricada na mente, pois é uma verdade e uma visão mais elevada do que a da mente humana que ele deve exprimir, ou melhor, que procura exprimir-se através dele, moldando as suas obras, não para a sua satisfação pessoal, mas com um propósito divino.”
Sri Aurobindo
Queridos alunos e amigos ✨,
Em JULHO, as aulas mantêm-se nos horários habituais, às segundas, terças e quintas-feiras, entre as 6h30 e as 8h30, e entre as 17h30 e as 19h30.

🍃🪷 ॐ 🪷🍃
Também em JULHO, na 4ª quarta-feira do mês, entre as 17h30 e as 19h00, continuamos a explorar diferentes temas espirituais. Como de costume, este encontro mensal é gratuito e está aberto a todos, mas requer uma inscrição prévia por parte de quem não frequenta regularmente o Shala🪷🍃, de forma a que seja possível aceder ao espaço (a menos que estejam acompanhados pelos alunos do Shala🪷🍃, que já têm o seu código pessoal).
QUARTA-FEIRA, 23/07
- das 17h30 às 19h00 -
🪷 Satsaṅga 🪷
“Os 20 Valores do Yoga na Bhagavadgītā”
No XIII capítulo da Bhagavadgītā, Kṛṣṇa descreve a Arjuna, os valores do Yoga, perenes e universais, válidos para todas as pessoas, em todos os lugares e em todas as circunstâncias, que são muitas vezes conhecidos como “O Código de Kṛṣṇa”. Equivalentes e complementares dos Yama/Niyama (descritos por Patañjali no Yogasūtra), são obviamente uma referência para todos os yogins, que devem praticá-los e aperfeiçoá-los, transformando-os em ferramentas práticas ao quotidiano e parte integrante do seu sādhana (साधन), de modo a alcançar mokṣa (मोक्ष), a Libertação. São, sem dúvida, um dos pilares fundadores da estrutura energética do Padma Yoga Shala🪷🍃, da minha prática, assim como das aulas que dou, por isso, durante o Satsaṅga, vamos olhar para cada um deles, para poder reconhecer, em consciência, se já integram ou se podem vir a integrar a nossa prática e a nossa vida.
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“Não é o doce cheiro das flores, nem sequer a fragrância do sândalo, tagara, ou do jasmim que sopra contra o vento. Mas a fragrância do virtuoso sopra contra o vento. Na verdade, o homem virtuoso atravessa todas as direcções com a fragrância da sua virtude. De todas as fragrâncias – sândalo, tagara, lótus azul e jasmim – a mais doce de todas é a da virtude.”
Dhammapada, versos 54 e 55
“O Caminho da Sabedoria do Buddha”, traduzido por Acharya Buddharakkhita do pāli para o inglês e por Bhikkhu Dhammiko para português
🍃🪷 ॐ 🪷🍃
O mês de JULHO assinala igualmente o aniversário do PADMA YOGA SHALA🪷🍃, que este ano celebra os seus
8 ANOS de existência…
Tem sido uma bela aventura ser testemunha do vosso crescimento dentro e fora deste espaço e um imenso privilégio crescer ao vosso lado, convosco, graças à vossa presença, entrega e dedicação a esta prática que é o Yoga! Os meus mais sinceros agradecimentos a todos aqueles que foram contribuindo ao longo dos anos, de uma forma ou de outra, para que o PADMA YOGA SHALA🪷🍃 pudesse manter-se aberto, vivo, luminoso e ao Serviço do Divino, apesar dos inúmeros desafios e obstáculos encontrados pelo caminho! Muito, muito, muito Grata! 🙏
Para assinalar esta data especial para muitos de nós, caso possam e queiram fazê-lo, proponho-vos uma meditação de grupo (ध्यान dhyāna), seguida de um pequeno convívio/brunch, no domingo, 6 de JULHO, entre as 8h30 e as 11h00. Como de costume, cada um pode trazer algo para comer ou beber (obrigatoriamente vegetariano e preferencialmente saudável… 😉), para que possamos partilhar no final da meditação. Desde já, agradeço a todos aqueles que se disponibilizam, cada ano, para organizar e/ou participar, da forma que lhes é possível, nestes momentos de celebração e União (योग yoga) no PADMA YOGA SHALA🪷🍃.

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Como sempre, acolham apenas o que ressoa para vós dentro do vosso Coração e lembrem-se que são sempre livres de ficar ou de partir, dependendo da forma como se sentem, ou não, em alinhamento com o que ensino, a forma como ensino ou com a própria energia do Shala🪷🍃.
“Quando o aluno está pronto, o professor aparece. Quando o aluno está realmente pronto, o professor desaparece.”
Lao Tzu

“Aqueles que confundem o que não é essencial como sendo essencial e o que é essencial como não sendo essencial, nutrindo pensamentos errados, nunca chegarão ao que é essencial.”
Dhammapada, verso 11
Neste momento, metade da minha experiência enquanto professora de Yoga nesta encarnação, aconteceu dentro do espaço que conhecemos hoje como o Padma Yoga Shala🪷🍃. Olhando para trás, apesar de ser um curto espaço de tempo nesta vida, tenho a sensação de ter passado por múltiplas vidas desde a sua inauguração, no dia 2/7/2017, vividas por inúmeras versões de mim mesma, muitas das quais foram deixando de existir à medida que se iam tornando obsoletas face à evolução e compreensão do meu svadharma (dever pessoal), e outras tantas se foram transformando e adaptando, para dar origem à praticante e à professora de Ashtanga Vinyasa Yoga que sou hoje. Alguns dos alunos actuais, já frequentavam as minhas aulas antes deste espaço existir (sinto-me grata por sentir que consideram que continuo a ser digna da vossa Confiança, ano após ano!) e puderam ser testemunhas dessa transformação e evolução, desde o início. Mas a grande maioria foi chegando ao longo dos anos e, na realidade, não só eu, mas todos nós fomos crescendo e evoluindo com o Shala🪷🍃. À medida que eu própria me ia transformando, à medida que a Vibração e Frequência do meu Coração se ia expandindo, à medida que a minha intenção, o meu consentimento e a minha Autoridade em Deus, e apenas em Deus, se ia tornando cada vez mais clara e precisa (estas coisas não se fazem de um dia para o outro, é preciso Paciência e Humildade), menos sujeita a desvios e interferências e sendo adicionada à estrutura energética, espiritual e multidimensional do Padma Yoga Shala🪷🍃, tudo aquilo que não se encontrava em alinhamento com o Dharma (धर्म Ordem Cósmica), com o Plano Divino para a Libertação da Consciência para Todos ou ao Serviço do Yoga e de Deus (e muitos ainda se sentem desconfortáveis de cada vez que o digo ou escrevo, tal como eu própria me senti desconfortável durante anos, de tal maneira esta palavra foi submetida a tamanhas distorções!), ia ficando para trás, sem apegos, nem arrependimentos e o Shala🪷🍃 ia-se transformando naquilo que conhecemos hoje, um espaço de Yoga tão único e peculiar, existindo no mundo e, ao mesmo tempo, fora dele, existindo no tempo e, ao mesmo tempo, fora dele…
“Aqueles que conhecem o essencial como sendo essencial e aquilo que não é essencial como não essencial, nutrindo pensamentos correctos, chegarão ao essencial.”
Dhammapada, verso 12

“Nem mãe, nem pai, nem qualquer outro ser próximo ou parente, ninguém pode fazer um bem maior do que cada um a si próprio, com a sua mente bem orientada.”
Dhammapada, verso 43
Ao longo destes últimos 8 anos, muito já se viveu dentro do Padma Yoga Shala🪷🍃 e, se escolho manter-me afastada de julgamentos ou de dualidades, dividindo ou catalogando as experiências como “boas” ou “más” (para mim ou para os outros!), não posso senão reconhecer que todas elas, no momento em que aconteceram, carregaram em si a semente ou o germe da evolução espiritual para todos aqueles que as viveram, individualmente e colectivamente, agindo como poderosíssimos catalisadores espirituais e propulsando para a frente todos aqueles que fizeram a escolha de escutar plenamente o apelo da sua Alma e de confiar no processo de desconstrução dos mecanismos de defesa do ego, através da dedicação à sua prática pessoal e ao abandono à Vontade Divina. Mesmo nos momentos mais “loucos”, mesmo nos momentos mais intensos… Principalmente nos momentos mais “loucos”! Principalmente nos momentos mais intensos!!
Uns foram ficando, outros foram partindo, outros ainda foram indo e vindo como as ondas do mar, de acordo com a ressonância que sentiam dentro dos seus Corações, em relação aos ensinamentos do Yoga ou à forma como os fui transmitindo ao longo dos anos. Não se pode agradar a todos, em todos os momentos, principalmente quando se está ao Serviço da Vontade Divina, cujo plano acontece sempre a longo prazo e é muitas vezes difícil de compreender exclusivamente através do corpo mental, principalmente neste mundo e nestes tempos, em que a maioria das pessoas está completamente desligada da sua Verdadeira Essência Divina… Mas, como já se sabe, no Yoga, a primeira condição para o sādhana (साधन prática espiritual), é a Fé (श्राद्ध śrāddha). Não é uma fé cega e irreflectida cuja autoridade se encontra no exterior, mas uma certeza inabalável que vem de dentro para fora e nos mantém focados no caminho, mesmo quando mais ninguém à nossa volta consegue perceber porque fazemos o que fazemos, ou mesmo quando somos criticados pelas nossas escolhas e decisões mas, apesar de tudo, nada altera ou perturba a nossa Paz interior e a nossa concentração e foco para realizar o que devemos realizar…
Yogasūtra I.20
श्रद्धावीर्यस्मृतिसमाधिप्रज्ञापूर्वक इतरेषाम्॥२०॥
śraddhāvīryasmṛtisamādhi-prajñāpūrvaka itareṣām ॥20॥
«Para os outros, a fé, [precede] a energia, a memória, a concentração, a alta inteligência [tomadas de consciência]».

Mas, a verdade é que, a maioria das vezes, o facto de os alunos ficarem ou partirem, nada tem a ver com os ensinamentos do Yoga, comigo, com as minhas aulas ou com o método de ensino…
Afinal, cuidar de nós, do nosso corpo físico, energético, mental, emocional e espiritual, é sempre uma questão de escolha pessoal. Escolher a melhor forma de o fazer, adaptada às nossas necessidades e possibilidades do momento também. E escolher a melhor versão de nós mesmos, que nos leva à Expressão Mais Elevada da nossa Alma, é e será sempre também uma questão de responsabilidade pessoal, um caminho que cada um deve escolher em consciência e integridade, estabelecendo as suas prioridades e reconhecendo o que precisa guardar e o que deve largar, de acordo com o seu svadharma e as Leis Universais (ऋत ṛta). Para alguns, isso implica manter, para outros, isso implica largar…
“Se renunciando a uma felicidade menor se pode perceber uma felicidade maior, que o homem sábio renuncie à menor, considerando a maior.”
Dhammapada, verso 290

Existem entraves? Existem interferências? Existem desvios? Existem ataques? Claro que sim! Mas, se nos afastarmos de toda e qualquer tendência a encarnar o papel da vítima ou do carrasco e assumirmos a essa tal responsabilidade pessoal, é dentro de nós que, em toda e qualquer situação, na prática de Yoga como na Vida, encontraremos o “problema”, e será igualmente dentro de nós que encontraremos a solução. Será mais fácil reconhecer que dificilmente podemos controlar aquilo que nos “acontece”, mas que somos sempre responsáveis pela forma como agimos face a tudo o que vivemos, e é importante ir fazendo a transição progressiva das reacções mecânicas e espontâneas, muitas vezes associadas a gatilhos despoletados pelas nossas feridas, partes de sombra e mecanismos de defesa do ego (e que, inevitavelmente, nos fazem sofrer!), para as acções conscientes e responsáveis com base nas aspirações profundas e sinceras da nossa Alma, que nos permitem encontrar uma maior harmonia e equilíbrio na forma como interagimos connosco mesmos, com os outros e com o mundo que nos rodeia. Em consciência! A cada passo dado no caminho espiritual, é extremamente útil verificar que estamos efectivamente a avançar (e não a estagnar ou andar para trás) e a fazê-lo na direcção certa, seguindo as migalhas de pão que nos vão sendo divinamente deixadas, de outra forma, podemos rapidamente ficar prisioneiros das ilusões criadas pelo ego espiritual…
“Uma pessoa é na realidade, o protector de si mesmo; quem mais o poderia ser? Totalmente controlada, a pessoa ganha uma mestria difícil de obter.
Fáceis de fazer ao próprio, são as coisas prejudiciais. Mas, extremamente difíceis de fazer, são as coisas benéficas.”
Dhammapada, versos 160 e 163

“Cego é o mundo; aqui apenas alguns possuem o discernimento. Só uns poucos, como pássaros escapando-se da rede, vão para os reinos da felicidade.”
Dhammapada, verso 174
É certo que já perdi a conta ao número de vezes que disse ou escrevi que a Verdade vem sempre de dentro para fora… A Verdade sobre nós mesmos, sobre os outros, sobre o mundo que nos rodeia. A Verdade também sobre o Yoga, sobre a nossa prática, sobre o professor que escolhemos para nos acompanhar e guiar, sobre o espaço que frequentamos, a comunidade que integramos, etc. (e, como sempre, podem transpor tudo isto para a vida pessoal, profissional, social, que o Yoga não é diferente da vida…).
Mas nós temos de querer ver. A nossa vontade pessoal para ver a Verdade, tem de suplantar todos os nossos medos, todas as nossas repulsas, todos os nossos apegos, todos os mecanismos de defesa do nosso ego, todas as ilusões. Para, depois de a vermos, podermos escolher igualmente agir em conformidade e alinhamento com ela, por muito doloroso, difícil ou mesmo impossível que possa parecer inicialmente. Pois a Verdade é Quem Somos (assim como Consciência e Felicidade : सच्चिदानन्द sat-cit-ānanda) e se não a acolhermos plenamente e incondicionalmente, nunca seremos verdadeiramente Livres! A prática de Yoga só faz plenamente sentido, só nos acompanhará ao longo de toda vida e só nos libertará do sofrimento (tal como é verdadeiramente o seu objectivo, muito longe daquilo que se vê no Instagram…), se fizermos a escolha consciente de procurar sempre a Verdade (सात्य sātya) no momento presente. A verdade sobre nós mesmos, sobre os outros, sobre o mundo que nos rodeia, a cada instante e em todas as situações, assim como o alinhamento entre os nossos pensamentos, as nossas palavras, as nossas acções, colocando sempre a frequência do nosso Coração ao Serviço do Dharma (धर्म Ordem Cósmica) e da Vontade Divina, encontrando assim a imunidade face à pressão externa e a ilusão do mundo (माया māyā).
“Não sigas o caminho fácil; não vivas descuidadamente; não te agarres a opiniões falsas; não te demores na existência mundana.”
Dhammapada, verso 167

Quando temos a certeza que ninguém nos está a ver, ouvir ou sentir, o que pensamos? Quando nos exprimimos, somos sempre consistentes, íntegros e autênticos, através das nossas palavras e das nossas acções, ou o nosso discurso e atitude variam de acordo com as situações e as pessoas com quem interagimos, ao serviço do nosso ego e não da nossa Alma? Quem somos quando estamos sozinhos, quando estamos em grupo, quando estamos em casa, quando estamos em ambiente profissional, quando nos sentimos em segurança, quando nos sentimos desafiados? Quem somos quando estamos em cima do tapete?…
Se ousarmos colocar estas questões com regularidade, abrindo a possibilidade à auto-análise e ao auto-conhecimento , abrindo a porta à sinceridade e à humildade, sem julgamentos, oferecemo-nos a oportunidade de ser testemunhas compassivas de nós mesmos, de olhar para nós através do espelho da Alma… E, obviamente, se estas questões devem ser colocadas quando nos encontramos no papel de praticante e/ou aluno, elas tornam-se ainda mais importantes, e diria mesmo indispensáveis e inevitáveis, quando nos encontramos no papel de professor. Numa sociedade que se alimenta constantemente da ilusão das aparências externas de relações muitas vezes superficiais (com as pessoas, com as coisas, com as situações, com as tarefas a realizar…), assim como da gratificação instantânea associada às inúmeras distracções e validações permanentemente colocadas à nossa disposição, é cada vez mais fácil dar as rédeas ao ego para que encontre “justificações válidas”, para queimar as etapas preliminares de aprendizagem do Yoga, e voltar imediatamente para o exterior toda esta experiência que, à partida, deveria levar-nos primeiro às profundezas do nosso Ser e é extremamente importante sermos vigilantes e honestos connosco mesmos, afim de evitar a criação ou reforço do ego espiritual, muito mais subtil e insidioso que o ego personalidade. No final, todos beneficiarão em voltar o seu olhar para o interior, com honestidade e humildade, sejam praticantes, alunos ou professores. O Yoga nunca poderá existir de outra forma…
“Que ninguém procure o defeito nos outros; que ninguém observe as omissões e acções dos outros. Mas observemos os nossos próprios actos.
Tal como uma flor bonita cheia de cores mas sem fragrância, da mesma maneira, infrutíferas são as palavras justas de quem não as pratica.
Tal como uma flor bonita cheia de cor e também fragrância, da mesma maneira, frutuosas são as palavras justas de quem as pratica.”
Dhammapada, versos 50, 51 e 52

Na realidade, muitos foram os alunos que foram passando pelo Padma Yoga Shala🪷🍃 e pelas minhas aulas ao longo de todos os seus anos de existência, todos com diferentes aspirações, expectativas, motivações e pontos de vista. A todos estou extremamente grata, pois todos me serviram de espelho e todos me ajudaram (consciente ou inconscientemente) a evoluir e a crescer, enquanto praticante, enquanto aluna, enquanto professora e enquanto pessoa, que já se sabe que o Yoga não é diferente da Vida…
Não existem duas pessoas iguais e, por essa simples razão, a forma como cada indivíduo chega até à prática de Yoga e passa por diferentes professores, diferentes métodos de ensino e diferentes espaços ou comunidades (सङ्ग saṅga), de acordo com a sua vibração pessoal, da frequência do seu Coração, das suas necessidades do momento para que possa estar ao serviço da sua Expressão Mais Elevada, mas também em consequência dos seus ângulos mortos, das suas feridas e traumas, é igualmente única e pessoal.
O mesmo se aplica à continuidade que é dada (ou não) à prática ao longo dos anos, algo que pude testemunhar vezes sem conta, dentro do Padma Yoga Shala🪷🍃 (e em todos os anos de prática e de ensino antes de abrir este espaço!), já que a opinião e a experiência do professor (neste caso, a minha!), só são tidas em conta quando existe um diálogo entre Almas, com Respeito, Paciência e Humildade, mas de pouco ou nada servem, sempre que é o ego que está ao comando, a segurar as rédeas e a reforçar a ignorância, a dúvida, a arrogância e a agitação interior. É necessário um trabalho pessoal e foco constantes, para conseguir alcançar o ponto de desconstrução do ego em que finalmente se torna possível escutar a voz do Coração e reconhecer a Vontade Divina! Só a partir daí podemos sentir de forma clara e sem dúvidas quando devemos falar ou quando devemos ficar em silêncio, quando devemos insistir ou quando devemos recuar ou largar, quando devemos escolher a acção ou a não-acção, numa constante busca pelo equilíbrio perfeito entre uma prática perseverante e o desapego. O mesmo acontece enquanto alunos, enquanto praticantes solitários enquanto professores… E pensar que há quem ache que basta saber onde e como colocar o pé, a mão, o olhar e já chega…
“As impurezas só aumentam para aqueles que são arrogantes e descuidados, que deixam de fazer o que deve ser feito e que fazem o que não deve ser feito.
As impurezas cessam para aqueles de compreensão clara e consciente, que sempre praticam fervorosamente a consciência de corpo, que não recorrem ao que não deve ser feito, e firmemente perseguem o que deve ser feito.”
Dhammapada, versos 292 e 293

É verdade que tudo pode ficar relativamente mais fácil, quando temos o privilégio de encontrar o professor do nosso Coração, cujos ensinamentos e, acima de tudo, cuja Frequência do Coração e forma de ensinar, ressoam para nós e nos ajudam a construir uma relação de Confiança, de Respeito e de Compaixão pelo outro, mas acima de tudo, por nós mesmos, sem a qual seria bastante mais difícil (ou mesmo impossível!) avançar na nossa prática espiritual e no nosso caminho (साधन sādhana).
Por outro lado, também é possível passar uma vida inteira sem encontrar um professor que encarne plenamente a prática que transmite, alguém que nos inspire e seja capaz de nos guiar e acompanhar no nosso caminho espiritual (já não é novidade o que penso de todas as formações aceleradas de instrutores ou professores de yoga, que têm vindo a multiplicar-se nestes últimos anos e que recomendo sempre que haja um questionamento sincero sobre quem beneficiam verdadeiramente… O formando? O formador? Os futuros alunos? O Yoga?)… No entanto, quando a Fé é muita e sabemos que este é efectivamente o nosso caminho espiritual, isso não será certamente uma razão para desistir ou deixar de praticar, porque na realidade, com ou sem professor, é sempre na própria prática, é sempre nos ensinamentos do Yoga, que encontramos o verdadeiro mestre, o verdadeiro professor, o único e autêntico guru (गुरु mestre espiritual).
“Primeiro uma pessoa deve estabelecer-se no que é próprio; só então deve instruir os outros. Assim, o homem sábio não será repreendido.
Uma pessoa deve fazer primeiro aquilo que ensina os outros a fazer; se uma pessoa treina os outros, deve ter ela mesma auto-domínio. Difícil na verdade é o auto-domínio.”
Dhammapada, versos 158 e 159

Numa situação, como na outra, não significa que a relação entre os próprios ensinamentos, o professor (ou a ausência dele) e o aluno é sempre “fácil” ou “fluida”, sem tensões, sem interferências, sem obstáculos ou dificuldades para ultrapassar (e eu que o diga, já que encontrei o professor do meu 💜, em quem confio plenamente e que me inspira profundamente, mas cujas aulas frequento apenas meia dúzia de dias por ano…).
É importante não esquecer que o Yoga é a cessação das flutuações da mente (Yogasūtra I.2 : योगश्चित्तवृत्तिनिरोधः॥२॥ yogaś cittavṛttinirodhaḥ ॥2॥), algo que praticamos com a intenção de remover e eliminar os véus da ignorância (अविद्या avidyā), assim como as restantes causas de sofrimento (क्लेश kleśa) que dela derivam (o sentido de individuação ou ego [अस्मिता asmitā], o apego [राग rāga], a repulsa [द्वेष dveṣa] e o medo da morte [अभिनिवेश abhiniveśa]), afim de relembrar e reconhecer a nossa Verdadeira Essência Divina (तत्त्वमसि Tat Tvam Asi) e alcançar a Libertação (मोक्ष mokṣa) do sofrimento (दुःख duḥkha) e do ciclo de reencarnação e transmigração das almas (संसार saṃsāra). O facto de muitos optarem por reconhecer e praticar apenas a parte física do Yoga, a postura (आसन āsana), não muda nada à sua finalidade, nem ao facto de a prática agir sempre de forma subtil sobre cada um dos nossos corpos (físico, energético, mental, emocional e espiritual), quer isto aconteça de forma consciente ou inconsciente (já se sabe que é sempre melhor que seja consciente e voluntário, obviamente!).
Seria ingénuo da nossa parte esperar ou pensar que nos libertamos de qualquer um dos mecanismos de influência dos kleśa (e, muito particularmente, do ego!), sem que estes venham primeiro à superfície (por vezes de forma bem violenta!), para serem vistos, localizados, reconhecidos, trazendo consigo toda a agitação existencial e todo o sofrimento que provocam, para que possamos removê-los uma e outra vez, até que sejam finalmente eliminados, de forma definitiva e permanente.
“Assim como uma árvore, que apesar de cortada, se as raízes se mantiverem intactas e firmes, brota de novo da mesma forma, até que o desejo latente seja desenterrado, o sofrimento surge vezes sem conta.”
Dhammapada, verso 338

A escolha de um professor de Yoga, de um método de ensino, de um shala ou de uma comunidade espiritual (e, sinceramente, qualquer outra coisa na vida!), só será correcta e justa se for feita a partir do Coração, se for feita em consciência, a partir da vontade da Alma em libertar-se de todos os condicionamentos e de todos os véus da ignorância, para poder finalmente manifestar-se de forma Soberana e Livre. Em oposição, o ego nunca escolherá alguém (ou algo) que o desafie, que o ameace, que o destitua. Nunca! O ego nunca aceitará um método, um shala ou um professor (ou qualquer outra coisa na vida) que coloque em perigo o seu poder exclusivo, o seu reinado e a sua autoridade sobre a consciência. Nunca!
Assim que alguém (ou algo) trouxer Luz sobre todas as partes de sombra e todas as feridas e traumas do ego, ele activará imediatamente todos os seus mecanismos de defesa e apenas uma imensa capacidade para encarnar a Fé, a Humildade, a Paciência e a Compaixão, poderá limitar ou anular o seu poder, a sua autoridade e o seu campo de acção. De todos os kleśa, o ego é a última barreira de protecção dos véus da ignorância (अविद्या avidyā) e dificilmente se deixa ir abaixo sem luta…
Através da prática, podemos desenvolver a intuição e o discernimento (विवेक viveka), e vai-se tornando cada vez mais fácil (ou, pelo menos possível!) reconhecer que, o que realmente precisamos para continuar a avançar no nosso caminho espiritual, ao Serviço da Vontade Divina, nem sempre corresponde ao que gostaríamos ou ao que queremos, já que os apegos e as repulsas, assim como os medos, nascem igualmente da ignorância e do ego… Depois, mais uma vez, e como sempre, é uma questão de escolha e de responsabilidade pessoal. Podemos escolher abrir mão dos julgamentos, das resistências, dos medos, da dor e iniciar uma nova etapa, continuar a abrir o Coração, passar a um novo patamar de Expansão de Consciência. Ou podemos escolher a zona de conforto (por muito dolorosa que seja a longo prazo), a negação (já que depois de ver é impossível “desver”…), o orgulho, a ignorância, o medo. Ninguém pode ver por nós. Ninguém pode discernir por nós. E ninguém pode escolher por nós. E, na realidade, nunca deveríamos deixar que o fizessem… É uma questão de bom-senso, reconhecer que uma qualquer autoridade externa à partida dificilmente terá acesso às aspirações da nossa Alma e dificilmente saberá o que viemos realmente realizar aqui e agora, durante esta encarnação e é por isso digo tantas vezes que o tempo dos “gurus” já terminou (seja qual for a forma que possam tomar nos tempos que correm, pais, educadores, professores, influenciadores, especialistas e mesmo o próprio Governo e Estado…).
“Aqueles que discernirem o errado como errado e o certo como certo - vendo as coisas de uma forma correcta, dirigem-se para os reinos da felicidade.”
Dhammapada, verso 319

Pessoalmente, sinto-me muito grata por ter tido o privilégio de ter (re)encontrado o Yoga nesta encarnação. Ou por ele me ter encontrado a mim.
Tive de esperar 29 anos, para que isso fosse possível.
Ainda assim sinto-me plenamente grata e privilegiada.
🍃🪷 ॐ 🪷🍃
Pessoalmente, sinto-me igualmente muito grata por ter tido o privilégio de ter encontrado o método de Yoga que corresponde à minha Natureza, que veio potenciar o meu processo pessoal de Cura (de cada um dos meus corpos, físico, energético, mental, emocional e espiritual), de libertação da influência das causas de aflição (क्लेश kleśa), de abertura do Coração (हृदय hṛdaya) e de Expansão da Consciência (चित्त citta) e que me acompanhará, sem dúvida, até ao final da minha encarnação.
Tive de esperar 10 anos depois de ter começado a praticar, para que isso acontecesse.
Ainda assim sinto-me plenamente grata e privilegiada.
🍃🪷 ॐ 🪷🍃
Pessoalmente, também me sinto extremamente grata por ter tido o privilégio de encontrado o Peter Sanson, querido professor do meu 💜, em quem confio plenamente e que me inspira cada dia, pela sua Simplicidade, Autenticidade, Humildade e constante Compaixão, apesar de todas as provas e desafios que encontra no seu próprio percurso.
Tive de esperar quase 12 anos depois de ter começado a praticar Yoga e quase 2 anos depois de ter começado a praticar Ashtanga Vinyasa Yoga, para que isso acontecesse e, ainda, quando tenho o privilégio de assistir às suas aulas, o que acontece normalmente uma vez por ano (mas já se passaram vários anos sem que tenha sido possível), isso limita-se a uns quantos dias por ano, que muitas vezes se contam pelos dedos de uma mão…
Ainda assim sinto-me plenamente grata e privilegiada.
🍃🪷 ॐ 🪷🍃
Pessoalmente, sinto-me igualmente grata por ter tido o privilégio de ser confrontada cada dia à prática solitária (parece contraditório, mas não é!), devido à distância do professor do meu 💜. Aquilo que muitos considerariam um obstáculo, tendo em conta o esforço pessoal e a disciplina necessárias para manter uma prática quotidiana regular sem o precioso auxílio de um professor ou de uma comunidade de pares, transformou-se no mais precioso de todos mestres, ensinando-me sem sombra de dúvida a diferença entre uma aula (em que somos guiados, acompanhados e, muitas vezes, mesmo levados ao colo pelo professor), uma prática em grupo (em que somos transportados pela energia gerada colectivamente) e uma prática pessoal “solitária” (a mais sincera, autêntica e exigente de todas as formas de praticar Yoga, unicamente possível graças à nossa Fé e dedicação a Deus [ईश्वरप्रणिधान Īśvarapraṇidhāna], que obviamente nos acompanha em permanência, graças à nossa Disciplina e esforço pessoal [तपस् tapas] e graças ao nosso desapego [वैराग्य vairāgya] de todo e qualquer objectivo e frutos da nossa prática. Não há nada a alcançar para nós mesmos, tudo é entregue a Deus…). Praticar só é a mais elevada forma de svādhyāya (स्वाध्याय), o estudo de si mesmo.
Tive de praticar quase sempre desta forma dedicada e solitária, ao longo dos meus 20 anos de prática de Yoga. Sem dúvida por isso, valorizo tanto cada instante passado a aprender e praticar sob o olhar atento e cuidado de um professor competente e, mais ainda sob a supervisão do professor do meu 💜…
E, por tudo isto, sinto-me plenamente grata e privilegiada.
🍃🪷 ॐ 🪷🍃
Pessoalmente, sinto-me igualmente grata por ter tido o privilégio de ter sido divinamente acompanhada e guiada a co-criar, em harmonia com o Divino dentro do meu Coração, ao Serviço da Vontade Divina, do Dharma e das Leis Universais, o Padma Yoga Shala🪷🍃. Muito provavelmente, sem a “ausência” e a distância do Peter, isso nunca teria acontecido. Apesar de encarnar o papel de professora da melhor forma que sou capaz, pois reconheço que isso faz parte do meu svadharma (dever pessoal ou missão de vida) e há muito que aprendi a não criar resistências ao Dharma, a verdade é que preferia ser apenas aluna de Yoga, em vez de professora. Por isso, se tivesse encontrado um professor do meu 💜 por perto, muito provavelmente não teria sido empurrada a sair da minha zona de conforto, nunca teria dado aulas e certamente não teria aberto um shala, pois não teria tido a inspiração para criar o espaço que eu própria gostaria de frequentar enquanto aluna e que não existia por perto…
Tive de esperar 8 anos de estudo e prática pessoal de Yoga, 4 anos de ensino em outros espaços e 41 anos de vida (com as suas respectivas provas e desafios!) para me sentir finalmente pronta para dar o passo de abrir o meu próprio Shala🪷🍃. E, desde então, passar os últimos 8 anos a manter a chama viva, fazendo o necessário para manter a minha integridade face a todas as tempestades, muitas vezes contra ventos e marés, individuais e colectivas.
A verdade é que ao longo do caminho, muito tem sido necessário esperar (mas nunca na inacção!), mas ainda assim sinto-me plenamente grata e privilegiada.
🍃🪷 ॐ 🪷🍃
Este espaço dedicado ao estudo, compreensão, integração e prática dos ensinamentos de Aṣṭāṅga Yoga, nascido da intenção de criar um espaço seguro onde qualquer pessoa genuinamente interessada em conhecer-se plenamente a si mesma, pudesse aprofundar o estudo, a prática, a compreensão e a consciência de uma Vida de Yoga, dentro e fora do tapete, de criar um espaço onde os ensinamentos integrados “no tapete” pudessem transformar-se, progressivamente, em ferramentas práticas para a vida quotidiana, um espaço em que o Yoga é reconhecido, ensinado e praticado na sua globalidade e não apenas visto como um simples exercício físico ou ferramenta de bem-estar, fragmentado ou dissociado da sua componente espiritual e do seu o objectivo final (que é Mokṣa [Libertação da Consciência]), como tanto acontece nos dias que correm. Existe, no Padma Yoga Shala🪷🍃, uma sincera intenção de partilha, de ligação entre o individual e o colectivo, de responsabilidade e integridade pessoal, de procura de maturidade espiritual e de crescimento interior, assim como um profundo respeito pela tradição milenar do Yoga na sua globalidade e eu, pessoalmente, sinto-me plenamente grata e privilegiada, por me ter sido dada a oportunidade de participar na sua co-criação ao Serviço do Divino e do Yoga e também por ter sido abençoada com a presença, a participação e a dedicação de todos aqueles que, ao longo dos anos, se foram investindo activamente neste acto de criação, através da sua própria prática e ajudando a construir uma pequena Comunidade de pessoas que, dia após dia, da melhor forma que podem e conseguem, com as ferramentas que têm disponíveis, procuram levar o Yoga além do tapete, praticando ao quotidiano também os seus princípios éticos e encarnando a mudança que querem ver manifestada no mundo.
🍃🪷 ॐ 🪷🍃

Pessoalmente, sinto-me imensamente grata por ter tido a Coragem necessária para largar todos os medos e todas as resistências que foram surgindo pelo caminho ao longo dos últimos 8 anos e para me entregar plenamente, completamente e totalmente ao Plano Divino e à Vontade Divina ao Serviço do Yoga. É preciso muita Coragem para sair da zona de conforto e abrir mão de uma visão estreita enraizada na mente, incapaz de apreender ou compreender a totalidade do que nos está a ser pedido que manifestemos, principalmente quando temos outros seres sob a nossa responsabilidade. E, acima de tudo, é preciso muita Fé para manter o rumo na direcção certa, para não perder o Norte, quando poucos ou nenhuns à nossa volta conseguem apreender ou compreender a totalidade do que nos está a ser pedido que manifestemos, provavelmente por não corresponder às normas actuais de “negócio” (porque já se sabe que nunca o foi…) ou de “sucesso” (e o que é realmente o sucesso, quando se trabalha ao Serviço do Outro e do Divino?). Podemos sentir-nos sós, mas na realidade, nunca o estamos, somos sempre divinamente acompanhados…

Sinceramente, até agora, a longo prazo (e, como podem verificar, cada passo, cada etapa, levou o que pareceu sempre ser muito, muito, muito tempo e exigiu de mim o cultivo, o aperfeiçoamento e, finalmente a encarnação plena do Espírito da Paciência [क्षान्ति kṣānti], pois nada do que vem realmente da Alma e do Divino dentro do nosso Coração é submetido a pressas, exigências ou precipitações, isso são sempre manifestações do ego, fruto da ignorância e da ilusão…). Há sempre tanto a descobrir por detrás da visão limitada e condicionada da nossa mente. Só através da pureza e clareza da nossa Consciência Divina e Ilimitada, podemos alargar o nosso campo de visão a 360º…

No final, tudo, absolutamente TUDO o que foi vivido até agora, acabou sempre por fazer perfeito sentido, independentemente de todas as críticas ou louvores recebidos ao longo dos anos e, por essa razão, não posso senão sentir-me profundamente grata e privilegiada.
“Assim como uma rocha sólida não é abalada pela tempestade, da mesma forma o sábio não se deixa afectar por louvor ou culpa.
Poucos entre os homens são aqueles que atravessam para a outra margem. O resto, a maior parte, apenas corre para cima e para baixo na margem de cá.”
Dhammapada, versos 81 e 85
O Yoga nunca precisa de agenda…
O Yoga nunca impõe uma data de validade…
O Yoga permite que cada um avance ao seu próprio ritmo, de acordo com as ferramentas que tem, assim como a pureza e sinceridade das suas intenções.
Também por ter conseguido compreender e integrar plenamente isso e ter sido capaz de construir a minha prática, a minha forma de ensinar e mesmo a minha vida sobre essas fundações, também por isso, me sinto grata e privilegiada.
🍃🪷 ॐ 🪷🍃
E, sem expectativas, nem ilusões, ainda assim espero que pelo menos alguns de vós, quer já andem por este caminho há muito tempo ou tenham acabado de se cruzar com ele, quer tenham frequentado ou frequentem ainda as minhas aulas, ou simplesmente façam questão de ler o que partilho cada mês, quer tenham chegado até aqui por mera curiosidade ou por vocação, quer já se tenham cruzado comigo pessoalmente ou tenham apenas sentido, à distância, a Frequência do meu Coração, possam sentir o mesmo… Que possam sentir-se gratos e privilegiados por existirem e estarem aqui, agora, neste lugar (लोक loka), neste tempo, e poderem assim vivenciar, de forma natural, espontânea e sem esforço, a manifestação de Saṃtoṣa (संतोष - o contentamento, a satisfação nascida da frugalidade)…
“Inspirador, na verdade, é aquele lugar onde habitam Arahants [aqueles que existes para lá do mérito e do demérito], seja uma aldeia, uma floresta, um vale, ou uma colina.”
Dhammapada, verso 98

Como sempre, deixo-vos a minha mais profunda e sincera GRATIDÃO pela vossa leitura e atenção e peço-vos que, como de costume, acolham apenas o que ressoa convosco e coloquem de parte tudo o resto, já que tudo o que partilho convosco é apenas o fruto dos meus próprios questionamentos, experiências de vida, compreensões e integrações alcançadas através dos ensinamentos do Yoga, da minha própria prática espiritual, do meu sādhana (साधन), com o apoio incondicional das minhas Equipas Divinas. Com todo o meu AMOR e REVERÊNCIA, desejo-vos coragem, bons questionamentos e boas práticas… Dentro e fora do tapete! Para que um dia, possamos ver no mundo, a mudança que ocorre em nós através do Yoga!
Namaste
✨ 💜 🙏 💜 ✨
Rita
ॐ
ॐ लोकाः समस्ताः सुखिनो भवन्तु
ॐ शान्तिः शान्तिः शान्तिः॥
Oṁ lokā samastā sukhino bhavantu
Oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ
Oṁ
Que todos os seres, em todos os lugares, sejam felizes.
Que haja Paz, Paz, Paz.
ॐ



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