“A única forma de acederes ao teu verdadeiro poder é assumires a responsabilidade por todos os aspectos da tua vida, ou seja, a tua saúde física, mental, espiritual, emocional e as tuas relações. Se conseguires assumir a responsabilidade por «tudo» isto, aí reside o teu poder.”
Laura Matsue
Queridos alunos e amigos ✨,
Em JUNHO estarei afastada do Shala🪷🍃 de :
🪷 Segunda-feira, 10/06 a Sexta-feira, 14/06 🪷
Todos os outros dias de JUNHO, as aulas decorrerão nos seus dias e horários habituais. Poderia dizer que o Shala🪷🍃 estará ENCERRADO durante este período de 10 a 14/06, mas a verdade é que o Shala🪷🍃 está sempre aberto para quem aí queira fazer a sua auto-prática, independentemente do dia ou da hora. No entanto, não darei aulas durante esta semana e também não estarei presente para fazer todas aquelas “coisas invisíveis” mas tão necessárias ao bom funcionamento do espaço, como limpar o chão, limpar as casas de banho, despejar os caixotes do lixo, regar as plantas ou apanhar as suas folhas caducas, etc., etc., etc… Assim, se decidirem ir praticar ao Shala 🪷🍃 durante estes dias, peço-vos que tenham o cuidado de cuidar do espaço como se fosse a vossa própria casa, como eu faço cada dia, limpando o chão, fechando os estores, para que as plantas fiquem protegidas da luz solar directa, deixando a janela aberta, para arejar. É importante ter consciência que este “acesso livre” a qualquer hora do dia ou da semana é um privilégio que implica igualmente responsabilidade pessoal. Pessoalmente, não conheço mais nenhum espaço de Yoga que funcione desta forma… E vocês?
Relembro que, apesar de estar agora ENCERRADO às quartas e sextas-feiras, assim como aos fins-de-semana e alguns feriados (excepto datas excepcionais, sempre previamente assinaladas, como mais uma vez é o caso este mês), o Shala🪷🍃 está sempre disponível em qualquer dia e qualquer hora, para os alunos que aí queiram fazer a sua auto-prática, como tem acontecido até agora (a menos que seja necessário encerrar para fazer limpezas ou obras).
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“Se tiveres de olhar para trás, fá-lo com perdão. Se tiveres de olhar para a frente, fá-lo com um espírito de oração. No entanto, a coisa mais sábia que podes fazer é estar presente no presente…
Com gratidão.”
Maya Angelou
O objectivo do Yoga é Mokṣa (मोक्ष), a Libertação do sofrimento provocado pelo ciclo incessante da transmigração das almas (saṃsāra संसार, ciclo de reencarnação), através da União (yoga योग) com Deus, com o Divino dentro do nosso Coração.
Existem diferentes formas de prática e diversos métodos de ensino, através dos quais podemos aceder a essa compreensão e integração da Liberdade, seja através da disciplina do corpo físico (Haṭhayoga हठयोग), da oração e da devoção (Bhaktiyoga भक्ति), da acção desinteressada e ao Serviço do Dharma (Karmayoga कर्मयोग), da meditação, da Sabedoria e do Conhecimento de Si (Jñānayoga ज्ञान), etc…
As formas que existem de ensinar, partilhar, transmitir estes ensinamentos de carácter soteriológico, são igualmente múltiplas e proporcionais ao número de pessoas que transmitem, ensinam ou partilham estes ensinamentos, incluindo vós, quando humildemente partilham da melhor forma que sabem e conseguem, aquilo que foram integrando ao longo dos anos, através da vossa própria prática e experiência pessoal, com quem manifesta interesse e abertura para aprender (porque já se sabe que de nada serve tentar transmitir algo a alguém que não está disponível para acolher, seja qual for a razão dessa indisponibilidade, seja física, psicológica, emocional ou espiritual, e só o nosso ego é que constantemente se recusa a admiti-lo ou a respeitar o Tempo Divino e a Vontade Divina para cada um…)!
“Quando o orgulho surge a partir do conhecimento, é sempre sinal de que algo no conhecimento de alguém está, de facto, terrivelmente errado. Porque quando o conhecimento está verdadeiramente presente em nós, torna-nos humildes de uma forma completamente natural.”
Rudolf Steiner
Da mesma maneira, existem tantas formas de acolher, aprender e praticar, quanto o número de pessoas que se dedica, de uma forma ou de outra, a esta prática e filosofia de vida. Relembro que sempre fiz questão de dizer que não existe verdadeiramente uma forma “certa” ou “errada” de avançar nesta via, que não existe apenas uma forma de fazer e que cada um de nós está a fazer o melhor que pode, com as ferramentas que tem, no momento presente.
No entanto, é certo que existem algumas regras básicas de bom senso que poderiam aplicar-se a todos (por vezes, para quem se encontra preso na teia ilusória dos kleśa (क्लेश), sem real consciência disso, pode ser difícil ou mesmo impossível reconhecê-las!). Não é sensato transmitir aquilo que não integrámos ou encarnámos pessoalmente, pois a transmissão dos ensinamentos do Yoga (e da Vida, já se sabe!) não pode acontecer a partir da esfera mental. Só a integração plena do Conhecimento, através da experiência pessoal, poderá criar as condições e as ferramentas necessárias para poder, depois, apoiar ou acompanhar os outros no seu próprio percurso de evolução espiritual, em plena integridade, caso seja esse o nosso svadharma (obviamente, nem toda a gente será levada a assumir um papel de professor ou de guia espiritual, mesmo se todos aprendemos uns com os outros, se estivermos dispostos a isso!). Quando estamos a “transmitir” a nossa experiência, temos de estar plenamente presentes, todo o nosso Ser participa neste processo de entrega e dedicação, ao Serviço do Yoga, ao Serviço ao Outro. Atenção Plena. Ver além do que conseguem absorver os nossos olhos, escutar o que está por detrás do som captado pelos nossos ouvidos, cheirar em profundidade, até sentir a essência do “objecto” da nossa atenção, tocar além do corpo físico, mas sem interferir ou perturbar o corpo energético do outro, manter o Coração aberto e tão expandido quanto possível, para descodificar os sinais que nos chegam e discernir a acção justa a aplicar em cada instante… O Coração mostra-nos sempre o caminho. Por isso sorrio sempre quando me perguntam se sou “só” professora de Yoga, se não tenho um trabalho “a sério”… É mesmo “SÓ” isto. Permanentemente. A cada instante do dia (e da noite…). Dentro e fora do Shala🪷🍃, porque o Yoga não é diferente da vida. E, muitos de vós, vivem igualmente isto no vosso dia a dia, esta presença incondicional, sem apegos, nem julgamentos, enquanto pais, educadores, profissionais ou, simplesmente, amigos, por isso sabem perfeitamente do que estou a falar…
“Faz uma boa ação e atira-a ao rio, um dia ela voltará para ti no deserto.”
Rumi
Há professores que gostam de ajustar todas as posturas, pois sentem-se mais úteis e em alinhamento com a sua forma de ensinar, assim como há alunos que gostam de ser ajustados em todas as posturas, sentindo-se assim mais acompanhados e apoiados pelo professor. Outros professores, ajustam muito menos (é o meu caso), mas observam cuidadosamente, dia após dia, cada movimento, cada respiração, cada interacção dentro do espaço de prática, até identificar facilmente e sem equívoco, cada padrão, cada hábito de cada um dos alunos, de forma a perceber a melhor forma de lhes dar apoio na sua prática pessoal, proporcionando-lhes uma maior autonomia e criando as condições necessárias para que possam aumentar a sua auto-estima e confiança em si mesmos, sem precisar de estar sempre a colocar-lhes as mãos em cima. Obviamente, há também alunos que preferem evoluir neste tipo de ambiente, onde sentem que podem praticar em harmonia com o seu próprio ritmo e condição pessoal (mesmo se todos nós gostamos de uma bom ajuste de vez em quando, não é verdade?😉). Tanto num caso, como no outro, o mais importante é a oportunidade que nos é oferecida, tanto aos professores, como aos alunos, de melhor compreender os mecanismos de defesa do ego e as suas manifestações subtis por detrás da forma como vivemos a nossa prática, prendendo-nos às causas de sofrimento, aos kleśa (क्लेश), se não estivermos suficientemente atentos… Será que somos capazes de identificar quando estamos a agir sob a influência do medo (abhiniveśa अभिनिवेश), do apego (rāga राग) ou da repulsa (dveṣa द्वेष), do ego (asmitā अस्मिता) ou simplesmente da ignorância (avidyā अविद्या) dentro da nossa prática, no nosso relacionamento com o professor, com os colegas, connosco mesmos, quando estamos a transmitir ou quando estamos a receber os ensinamentos do Yoga? Através da atenção plena e da prática constante, vamos ultrapassando aqueles que pensávamos serem os limites dos possíveis e entramos na esfera das possibilidades infinitas, o que pode por vezes deixar-nos completamente perplexos e incrédulos… Na aula desta manhã, acompanhando a surpresa manifestada face a uma postura que antes parecia “impossível” sem ajuda e que acabara de “acontecer” de forma plenamente autónoma, ouvi dizer : “Ainda não estou a acreditar que acabei de fazer isto sozinha…”, ao que respondi : “Pois… essa é única diferença entre eu e tu/vocês… Vocês não acreditam, mesmo quando estão a ver acontecer… E eu acredito, ainda mesmo antes de acontecer!”. Não podemos esquecer que a Fé é a primeira característica a desenvolver em nós, se queremos avançar pelo caminho do Yoga…
Yogasūtra I.20
श्रद्धावीर्यस्मृतिसमाधिप्रज्ञापूर्वक इतरेषाम्॥२०॥
śraddhāvīryasmṛtisamādhi-prajñāpūrvaka itareṣām ॥20॥
«Para os outros, a fé, [precede] a energia, a memória, a concentração, a alta inteligência [tomadas de consciência]».
Enquanto que, para uns, a prática do Yoga na sua globalidade e enquanto ferramenta de auto-conhecimento e de libertação do sofrimento, é integrada aos poucos na vida quotidiana, transformando, de dentro para fora, toda a sua forma de estar no mundo e as suas relações, para outros, a manifestação do Yoga na sua vida, pode restringir-se simplesmente à prática de um ou de outro membro, no entanto, é importante ter consciência que a essência e a Verdade do Yoga, assim como o seu objectivo, que é a Libertação (mokṣa मोक्ष) das causas do sofrimento (kleśa क्लेश) e a União com o Divino (yoga योग), não se diluem e nem se alteram através dos filtros da nossa visão ou percepção pessoal ou, por vezes, pela própria distorção criada pela nossa incompreensão do que representa verdadeiramente e das suas infinitas potencialidades, através dos mecanismos de defesa do ego.
“Uma mentira não se torna verdade, o errado não se torna certo e o mal não se torna bom só porque é aceite por uma maioria.”
Booker T. Washington
Quando comecei a criar o espaço físico do Padma Yoga Shala🪷🍃 (multidimensionalmente, ele já existia há muito tempo, dentro do meu Coração, mas fisicamente só começou a tomar forma no final de Maio de 2017!💜), coloquei a intenção de criar “O Espaço” onde eu própria gostaria de praticar. Um espaço amplo, arejado, luminoso, repleto de vida, com as suas fundações bem assentes nos princípios éticos e de disciplina pessoal do Yoga (Yama/Niyama), os Valores Mais Elevados que estava disposta a encarnar, para poder igualmente ver manifestados no mundo. Um espaço onde o professor se entrega plenamente, de Alma e Coração, à transmissão dos ensinamentos do Yoga na sua globalidade, para que os alunos possam sentir-se inspirados, crescer e evoluir a partir de um exemplo prático e não apenas de uma “teoria” ou simples palavras (principalmente quando sentimos claramente que não se encontram em alinhamento com o exemplo que temos à nossa frente), se esse for efectivamente o desejo das suas Almas e se estiverem dispostos a identificar os mecanismos de defesa do ego capazes de os reter ou impedir de continuar a avançar na direcção certa, sem nunca perder o Norte. Nós aprendemos sempre a partir dos exemplos que temos à nossa volta, são as acções conscientes de quem escolhemos para nos acompanhar enquanto seres espirituais e multidimensionais (pais, filhos, professores, alunos, amigos, companheiros, ou seja qual for a forma que vão assumindo ao longo da nossa vida, quer tenhamos consciência da nossa escolha - que muitas vezes é feita antes de nos encarnarmos - ou não…), que se vão imprimindo em nós, transmitindo-nos força, expandindo a nossa coragem, reforçando a nossa fé (também pode acontecer exactamente o oposto, face às acções principalmente inconscientes de quem nos acompanha, principalmente se abrirmos mão do nosso poder pessoal, da nossa soberania e colocarmos nas mãos dos outros a responsabilidade da nossa evolução espiritual, o que não é, de todo, recomendável!!).
“Quando as pessoas te mostram quem são, acredita nelas à primeira.”
Maya Angelou
26 de Maio de 2017
Como sempre (interiormente ou exteriormente), foi preciso começar por “desconstruir” aquilo que não servia a evolução do espaço, para que depois, ao longo dos anos, o espaço e a sua comunidade pudessem evoluir, à medida que eu própria ia crescendo, aprendendo, desconstruindo, reconstruindo, reconhecendo e implementando limites saudáveis, evoluindo, até chegar até aqui, agora.
Logo de início, ganhei o rótulo de “intransigente”, por insistir com os alunos para que mantivessem a regularidade da sua prática, para que evitassem faltar às aulas, dando prioridade a outras actividades mundanas, se quisessem ver a sua prática e a sua espiritualidade evoluir. Volto regularmente a este adjectivo, pois sinto-o como um bom exemplo, capaz de trazer clareza à forma como se manifestam em nós os mecanismos de defesa do ego e de que forma temos tendência a voltar para fora o nosso olhar, sempre que algo nos “pica”, sempre que sentimos mexer em algum dos nossos “interruptores”, que activam o nosso corpo de dor, as nossas feridas, os nossos traumas e classificar o outro ou a situação externa com um rótulo que nos evita um olhar profundo e consciente sobre o que realmente está a acontecer em nós… De uma maneira geral, todos temos tendência a fazer isto, até termos alcançado um certo domínio sobre esses “gatilhos” e termos começado a libertar-nos da causa do mesmo (outros surgirão noutros momentos, à medida que vamos “descascando a cebola”, tendo em conta que este é um trabalho que só termina quando realizamos mokṣa - मोक्ष). A verdade é que, por muitos desvios que possam surgir pelo caminho, acabamos sempre por ter de nos render à evidência que o trabalho espiritual é sempre pessoal, acontece sempre de dentro para fora e é da nossa única e exclusiva responsabilidade, ninguém o pode fazer por nós…
“Começa por tratar de ti mesmo como se fosses alguém que tivesses a responsabilidade de ajudar.”
Jordan Peterson
O “intransigente original” do mundo do Yoga (ou pelo menos o mais antigo de que se tem registo escrito, porque o mais certo é não ter sido o primeiro!) foi Patañjali, manifestando-o várias vezes e muito claramente, ao longo do seu tratado Yogasūtra, mas não há dúvida que o facto de ter tido alguns excelentes professores que nunca, nunca, nunca faltaram ao seu compromisso de estar presentes para dar aula, fizesse chuva ou fizesse sol, plenamente dedicados à sua prática e ao ensino do Yoga, encontrando o equilíbrio justo entre uma prática perseverante (abhyāsa अभ्यास) (estando sempre presentes, independentemente das condições internas ou externas) e desapego (vairāgya वैराग्य) (idem idem, aspas aspas), reforçaram sem dúvida esta minha compreensão de que o Yoga só pode existir através da nossa dedicação, entrega e esforço pessoal. O que estamos dispostos a dar de nós mesmos, através da prática de tapas (तपस् - esforço sobre si mesmo), receberemos na mesma proporção.
Yogasūtra I. 12
अभ्यासवैराग्याभ्यां तन्निरोधः॥१२॥
abhyāsavairāgyābhyāṁ tannirodhaḥ ॥12॥
«A paragem das agitações mentais obtém-se através da prática constante (perseverante) [do Yoga] e do desapego».
ॐ
Yogasūtra I.14
स तु दीर्घकालनैरन्तर्यसत्कारासेवितो दृढभूमिः॥१४॥
sa tu dīrghakālanairantaryasatkārādarāsevito dṛḍhabhūmiḥ ॥14॥
«Ela [a prática constante] só encontra uma base sólida, se acompanhada de uma duração prolongada, sem interrupções e se for realizada com dedicação e zelo».
ॐ
Yogasūtra I.21
तीव्रसंवेगानामासन्नः॥२१॥
tīvrasaṁvegānām āsannaḥ ॥21॥
«O êxito pertence àqueles cujo impulso é impetuoso».
ॐ
Yogasūtra I.22
मृदुमध्याधिमात्रत्वात् ततोऽपि विशेषः॥२२॥
mṛdumadhyādhimātratvāt tato ’pi viśeṣaḥ ॥22॥
«Uma especificidade [existe] ainda devido aos lentos, moderados e intensos [natureza dos meios empregues].».
Fui testemunhando, de forma tão neutra e compassiva quanto possível (se a compaixão esteve sempre presente, a neutralidade foi mais difícil de alcançar, mas felizmente, agora também já se manifesta de forma natural e sem esforço), a forma como alguns alunos deixavam o Shala🪷🍃, de certa forma incomodados ou simplesmente não ressoando com a minha posição, mas agora, sete anos depois, é perfeitamente possível sentir o que mudou a nível físico, psicológico, emocional, energético e espiritual para quem escolheu humildemente confiar nessa “intransigência”, mesmo quando isso os empurrava para fora da zona de conforto (sintam-se à vontade para manter ou substituir esta palavra por outra que sintam verdadeiramente adaptada ao que sentem quando pensam em mim enquanto professora de Yoga) e incluiu a prática na sua rotina diária ou semanal, de forma disciplinada e regular. Eu testemunho-o de fora, sem julgamentos, nem apegos, mas sempre com uma pontinha de felicidade. E vocês? Conseguem senti-lo por dentro?
À medida que o tempo foi passando, os “rótulos” foram-se sucedendo, mas esse nunca me abandonou e, sinceramente, até tenho por ele um certo carinho, apesar de nunca me ter identificado com ele, pois surgia muitas vezes como um indicador claro e preciso de que estava a avançar no caminho certo, em alinhamento com o meu svadharma (dever pessoal), a minha Missão de Vida, o meu Caminho Orgânico, além das ilusões de segurança e conforto às quais nos agarramos muitas vezes, para não sairmos da nossa zona de conforto e isto, mesmo que as pessoas à minha volta não o conseguissem compreender nesse instante preciso e se sentissem desconfortáveis com isso. Aquilo que nos faz crescer, de uma maneira geral, incomoda sempre…
“Que as flores nos recordem porque é que a chuva foi tão necessária.”
Xan Oku
Foi dito que estava a ser intransigente (e mesmo insensível) quando, há já alguns anos, declarei claramente e sem equívocos que um professor de Yoga não pode estar sob a influência de álcool ou de qualquer substância psicotrópica nas suas aulas ou ser dependente delas na sua vida quotidiana. É preciso cuidar de si primeiro, para poder cuidar dos outros, identificar os nossos pontos fracos, as nossas feridas, as nossas dores e libertarmo-nos delas, para termos efectivamente as ferramentas necessárias para transmitir o nosso conhecimento e experiência aos outros, quando confrontados a situações semelhantes. Não mudei e não mudarei de opinião relativamente a esta questão que mexeu com os “interruptores” de várias pessoas. E vocês? Qual é a vossa opinião hoje?
“Quando tens algo para dizer, o silêncio é uma mentira.”
Jordan B. Peterson
Foi dito que estava a ser intransigente, quando saí definitivamente das redes sociais, quando retirei a placa que identificava o espaço a partir da rua, quando tive a intuição clara e profunda que, de qualquer forma, quem tivesse de chegar até ao Padma Yoga Shala🪷🍃, encontraria o seu caminho de uma forma ou de outra, sem “vitrine”, nem publicidade. Disseram que estava a escrever a carta de suicídio do espaço, com este “desejo” de me posicionar a “contra-corrente” e que me arrependeria. Na realidade, hoje vejo claramente que não foi um desejo pessoal, mas sim uma manifestação da Vontade Divina (uma intuição profunda, sem dúvida precoce e em preparação do que estava para chegar em 2020, mantendo-nos abaixo do “radar” e permitindo-nos encontrar um semblante de normalidade no meio do caos dos “confinamentos”). Ainda não me arrependi. Não, nunca tenho a sala cheia de alunos que vão e vêm, depois de verem umas fotografias bonitas no Instagram e aparecerem apenas por curiosidade, como acontecia frequentemente no início de vida do Shala🪷🍃. Não, não fiquei “rica” (palavra muito subjectiva neste contexto, dependendo de estarmos a referir-nos a bens materiais ou qualidade de vida…), nem passo a vida em workshops ou a viajar por todo o lado (para quem sabe que não voltei a sair da ilha desde o dia 1 de Janeiro de 2020, isto será certamente risível… 🤣). Mas consegui manter o Shala🪷🍃 vivo até agora e juntos criámos uma verdadeira comunidade dedicada à prática de Yoga dentro e fora do tapete. Nunca me senti só, nem isolada, por estar longe das redes sociais. E vocês? Principalmente aqueles que foram ficando ao longo dos anos? Continuam a achar que foi um erro, uma manifestação de intransigência da minha parte?
“Resiste muito, obedece pouco.”
Walt Whitman
Foi dito que estava a ser intransigente, quando me posicionei claramente contra toda e qualquer imposição de distanciamentos, confinamentos, isolamentos, denúncias, máscaras ou aquelas injecções a que chamaram “vacinas” em 2020 (as aspas não são um acaso, como podem calcular!) e mantive, tanto quanto possível, o Shala🪷🍃 ao abrigo de tamanhas absurdidades e ferramentas de controle da população através da manipulação da perceção e ampliação do sentimento de insegurança e medo. Não só não mudei de opinião, como ela continua a reforçar-se, dia após dia, à medida que vamos vendo os efeitos catastróficos de tudo o que foi feito desde então, supostamente a favor do “bem comum”… Obviamente, não precisam de me responder (as respostas, tal como as perguntas, são para vocês, a serem usadas como ferramenta para alcançar novas tomadas de consciência, se estiverem disponíveis para isso), mas e vocês? Já pensaram qual é a vossa opinião hoje, sobre tudo isto? O que constataram ou aprenderam com as experiências passadas? Continuam a achar que eu estava a “exagerar” ou a ser “intransigente”?
“A desobediência, aos olhos de qualquer pessoa que tenha lido a história, é a virtude original do homem.
É através da desobediência que se têm feito progressos, através da desobediência e através da rebelião.”
Oscar Wilde
A cada tomada de posição, a cada “murro em cima da mesa”, a cada “intransigência” da minha parte, de cada vez que expus a Verdade, cuja frequência sentia claramente em cada célula e átomo do meu Ser mesmo se, por vezes, os outros não conseguiam sentir o que eu estava a sentir (e não, não são manifestações do ego, mas sim manifestações da desconstrução do mesmo e obrigam-me sempre, sempre, sempre a sair da minha zona de conforto e a ter cada vez mais Fé em Deus, na Vontade Divina e no Dharma, a Ordem Cósmica! Teria sido sempre mais fácil, seguro e confortável, ficar em silêncio…), a cada vaga de alunos que deixava o espaço de forma mais ou menos pacífica, mais ou menos respeitadora, mais ou menos autêntica e transparente, por já não ressoar com a minha forma de ensinar ou confiar na minha insistência clara e firme no facto de que o Yoga não é diferente da Vida, assim como no facto de que nunca devemos abrir mão do nosso discernimento (viveka विवेक), de forma a não ceder à influência dos kleśa (क्लेश), outros alunos iam aparecendo (e às vezes os mesmos, saídos em vagas precedentes, mas suficientemente humildes para reconhecerem que na altura talvez “não ressoasse”, mas mais tarde começou a fazer sentido regressar…) e o Padma Yoga Shala🪷🍃 ia-se transformando, cada vez mais, num espaço em alinhamento não só com a minha intenção primordial, mas também com o Dharma…
“A educação convencional torna o pensamento independente extremamente difícil. O conformismo leva à mediocridade. Ser diferente do grupo ou resistir ao ambiente não é fácil e é muitas vezes arriscado, enquanto venerarmos o sucesso.”
Jiddu Krishnamurti
O Padma Yoga Shala🪷🍃 transformou-se naturalmente, de forma orgânica e com muito Amor, ao longo destes sete anos, numa bonita comunidade, enraizada nos Princípios Éticos do Yoga, onde cada um assume a responsabilidade pessoal de dar o seu melhor para tratar os outros como gostaria de ser tratado e respeitar os outros como gostaria de ser respeitado. Uma simples Regra de Ouro. Mas também um espaço onde cada um assume a responsabilidade pessoal de cuidar de si mesmo com a mesma atenção com que cuida dos outros, ter compaixão por si próprio na mesma proporção que tem pelos outros e dar tanto Amor a si mesmo, como aquele que normalmente reserva exclusivamente aos outros… E isto é certamente o mais difícil, não é? O mais importante é nunca nos esquecermos do que estamos verdadeiramente a tentar alcançar, dia após dia, através da nossa prática de Yoga… O objectivo do Yoga é Mokṣa (मोक्ष), a Libertação. Quando alcançamos essa Liberdade, torna-se evidente que JÁ SOMOS tudo aquilo que procuramos no exterior e a nossa Verdadeira Essência de Sat-Chit-Ānanda (सच्चिदानन्द - Existência - Consciência - Felicidade), revela-se a nós, de dentro para fora, levantando os véus da ilusão (māyā माया), quebrando as correntes da ignorância (avidyā अविद्या) para que, livres do ego, dos apegos, das repulsas e do medo, possamos relembrar Quem Somos, de onde viemos e o que fazemos aqui, agora…
“Só se precisa de poder quando se quer fazer algo prejudicial; caso contrário, o amor é suficiente para fazer tudo o resto.”
Charles Chaplin
A partir desse instante, torna-se evidente que, apesar de todas as vezes em que damos connosco a debatermo-nos com as mais diversas situações do dia a dia, ou a resistir ao que é, porque não corresponde ao que achamos que deveria ser ou gostaríamos que fosse, realizamos que as únicas batalhas que merecem toda a nossa Fé, a nossa Energia, a nossa Coragem, Paciência, Dedicação e mesmo Devoção, são aquelas que nos levam de volta a Casa, que nos permitem sentir novamente Deus dentro do nosso Coração, que nos realinham com a nossa integridade pessoal, o nosso svadharma e a nossa Missão de Vida, enquanto fruto da Vontade Divina e não dos desejos insaciáveis do nosso ego.
“Considera apenas o trabalho e não a recompensa por ele! Que o teu motivo para as acções não seja a recompensa! Mas tampouco te entregues à inactividade!
Renunciando ao apego pela recompensa pelo teu trabalho, torna-te igualmente equilibrado tanto no êxito como no fracasso, ó Dhananjaya! Tal equanimidade é característica do Yoga!”
Bhagavadgītā, II, 47 e 48
A minha vontade pessoal era criar o espaço de Yoga “ideal” em que eu própria gostaria de praticar, mas a vontade pessoal só faz sentido se for colocada ao serviço da Vontade Divina! Janelas amplas, para que pudesse ter muita Luz e muita Vida, uma comunidade dedicada e que se motiva e inspira mutuamente, um professor dedicado que se entrega e dedica tanto à prática como ao ensino, suficientemente humilde para não cair na armadilha de criar diferenças de valor, dentro do grupo ou entre professor e aluno, plenamente consciente que aprendemos todos uns com os outros, que co-criamos todos juntos. Um professor nunca pode existir, se não tiver alunos que que confiem em si e que estejam presentes, dia após dia, independentemente das condições internas ou externas (que podem ser mais ou menos desafiantes, mais ou menos exigentes, mais ou menos difíceis), sempre dispostos a aprender, com dedicação, paciência e humildade. Cada um fazendo a sua parte do caminho, para evoluirmos juntos, se essa for efectivamente a vontade da nossa Alma e o apelo do nosso Coração. Dentro do Padma Yoga Shala🪷🍃, a única opção que proponho é encontrarmo-nos a meio caminho, ao Serviço do Yoga e do Plano Divino para a Libertação da Consciência, cada um de nós responsável pela sua própria evolução espiritual, cada um de nós responsável pela identificação da influência dos kleśa (क्लेश) na sua vida e na sua prática, cada um de nós responsável pelos pensamentos, palavras e acções capazes de nos prender ou libertar do sofrimento, seja o que causamos a nós mesmos, o que provocamos ou é provocado pelos outros, assim como o sofrimento que nos chega através das catástrofes naturais. Cada um responsável por si mesmo e pela sua evolução e libertação espiritual e, no entanto, estamos TODOS JUNTOS…
“Quanto mais inconscientes estivermos e formos a ferramenta automática dessa inconsciência, mais eles [as forças hostis] ficam satisfeitos, pois é a inconsciência que cria as suas oportunidades.”
Sri Aurobindo
No dia 2 de JULHO de 2024, o Padma Yoga Shala🪷🍃 celebra o seu 7º ANIVERSÁRIO. É, até hoje, sem dúvida alguma, o espaço onde me senti mais feliz a ensinar e espero sinceramente que quem frequenta o espaço e as minhas aulas, tenha esta sensação de “porto seguro” que tanto animava o meu Coração, no momento da sua criação! Quanto a mim, que encarno o papel de professora sempre que abro a porta e só o “dispo” quando fecho a porta (mesmo quando estou “simplesmente” a praticar ao vosso lado!…), apesar da minha intenção de criar o espaço ideal onde eu própria gostaria de praticar, ironicamente, continua a ser num canto do meu quarto que encontro o porto seguro da minha prática, a minha Paz e o Silêncio (mesmo se nunca estou sozinha 😉).
Mesmo se há muito tempo que substituí os apegos por preferências, na prática como na vida, é verdade que ainda sinto por vezes saudades da energia de uma sala cheia de praticantes dedicados ao fluir da sua respiração consciente e da sua coordenação com o movimento. Sinto saudades do calor e da transpiração quando todos respiramos juntos, quando todos nos mexemos juntos, mesmo se cada um se encontra sozinho na sua prática, em cima do seu tapete, ao seu próprio ritmo. Sinto saudades da presença de um professor em quem confio plenamente e que está ali a acompanhar-me, a inspirar-me, a apoiar-me, mesmo que não me “ajuste” ou fale comigo. Sinto saudades de uma sala onde alguns alunos manifestam uma prática bem mais avançada (e não, não falo apenas de āsana, obviamente!) e me relembram da indispensável consciência de humildade sem a qual não avançamos nesta via e, ao mesmo tempo, acendem a centelha do desafio pessoal, inspirando-me a procurar cada vez mais profundamente, dentro de mim, a ilusão que cria os limites, para que possa libertar-me dela e, consequentemente, libertar-me dos próprios limites também. Sinto saudades de percorrer aquela metade do caminho que é da responsabilidade do aluno e de encontrar a meio caminho o professor do meu Coração. Sinto que, juntos e ao longo dos anos, conseguimos criar e manifestar a maioria destas condições que tanto beneficiam a prática de Yoga dos alunos dentro de um espaço (e muitas outras, que fazem do Shala🪷🍃, um espaço realmente diferente de todos os que conheci até hoje!). Mas, no final, eu só tenho o privilégio de ser professora no Padma Yoga Shala🪷🍃, não aluna… E é por essa razão que o Shala🪷🍃 estará “ENCERRADO” durante a semana de 10 a 14 de Junho.
“Abençoados são aqueles que vêem coisas belas em lugares humildes onde os outros não vêem nada.”
Camille Pissarro
Tal como se vê na curta-metragem que vos partilho este mês, como elemento de reflexão e inspiração, também eu tenho a sensação de ter feito a “travessia do deserto” ao longo dos últimos anos mas, ao mesmo tempo, de ter colocado na terra fértil que é o Padma Yoga Shala🪷🍃 (e não só…) inúmeras sementes. Muitas vezes me senti morrer ao que já não era, e renascer a novas estações de identidade, ao longo destes últimos anos, ao longo de todo este processo de busca da Verdade (satya सत्य) sobre mim mesma, sobre os outros, sobre o mundo que nos rodeia. Não tenho dúvidas que essas sementes darão (ou já deram, quem sabe?) flores e frutos no Tempo Divino, em plena Autonomia e Soberania, mas não tenho qualquer apego aos resultados das minhas acções passadas, assim como não o vivo como uma forma de sacrifício, pois nunca se tratou de desejo pessoal ao serviço das minhas próprias ambições, mas sim de colocar a minha vontade pessoal ao Serviço do Dharma e da Vontade Divina, única e exclusivamente… O que era suposto realizar neste primeiro ciclo de 7 anos do Padma Yoga Shala🪷🍃 foi realizado de acordo com o Plano Divino que me estava destinado, não há dúvida. A Plenitude, a Harmonia e a Paz que sinto dentro do meu Coração, apesar de todas as retaliações sentidas ao longo dos anos e de todo o cansaço acumulado, é a prova disso mesmo, dia após dia. Subo agora à “superfície” para uma respiração profunda, antes de “mergulhar” novamente, se for essa a Vontade Divina, iniciando um novo ciclo ao Serviço de Deus e da Consciência Crística Universal unicamente, cada vez com mais Fé e Confiança, mantendo assim a Paz interior, mesmo no meio do caos exterior.
“Muitos parecerão ter perdido a alma nos dias finais. A natureza das mudanças será tão intensa que aqueles que são fracos em consciência espiritual ficarão loucos, pois não somos nada sem espírito.”
Profecia da Estrela Azul Hopi
Continuarei a ser “intransigente”? Eu nunca achei que era o adjectivo certo para qualificar a minha presença no Shala🪷🍃 ou enquanto professora de Yoga nesta ilha. A escolha dos adjectivos que projectam sobre mim, é da responsabilidade de quem os utiliza e eu não tenho o hábito de me identificar com eles (e recomendo-vos igualmente que não se identifiquem com os vossos próprios pensamentos ou emoções, sejam “positivos” ou “negativos” ou aquilo que os outros querem fazer-vos acreditar sobre vós mesmos), mas este é, sem dúvida e como disse mais acima, um bom exemplo de como se manifestam os mecanismos de defesa do ego, quando somos empurrados para fora da nossa zona de conforto… Da minha responsabilidade pessoal continuará apenas a ser o facto de pensar, falar e agir de acordo com a VERDADE, independentemente do desconforto que isso possa causar em mim ou nos outros, pois é isso que me faz crescer e é isso também que ajuda os outros que escolheram crescer ao meu lado (e estou plenamente consciente do quanto isso pode ser difícil…)! Essa é a minha “batalha dhármica” e, como Arjuna, apesar de todas as dúvidas e momentos de desespero que se manifestam por vezes, não há outra coisa que preferia estar a fazer neste preciso momento, nem tão pouco escolheria outro caminho! E vocês? Estão a fazer exactamente aquilo que vos sussurra o vosso Coração?
“Reconhecendo como iguais a alegria e a aflição, o êxito e o fracasso, a vitória e a derrota, entra na batalha!
Assim evitarás o pecado!”
Bhagavadgītā, II, 38
Muita Gratidão por todos vós, que se foram cruzando comigo algures no espaço e no tempo, assim como por todos aqueles que, sem julgamentos, ainda me acompanham e apoiam neste Caminho, aqui e agora!
“O que se passa quando expressamos uma opinião impopular é que isso ajuda-nos a melhorar imensas coisas em nós, de forma muito rápida. Mas é uma prova de fogo… Desde que comecei a manifestar-me publicamente, tenho sofrido todo o tipo de reacções negativas, de ódio e campanhas de difamação, fui “cancelada”, tive amigos e familiares que se voltaram contra mim e muitas, muitas outras experiências desagradáveis.
No entanto, estas repercussões ajudaram-me sempre a refinar os meus pensamentos, a estabelecer limites quando necessário, a libertar-me de relações que já não estavam em sintonia com quem eu sou agora, a analisar profundamente e a curar muitos dos meus problemas de auto-estima e, mais importante, ajudaram-me a aprender a ser eu mesma e a sair de um padrão repetido ao longo de toda a vida, em que escolhia agradar às pessoas para me manter “segura”.
O maior presente é que ajudou bastante a conseguir individualizar-me e a deixar de me preocupar com o que as outras pessoas pensam de mim, porque a maior parte do que pensam de mim é baseado em projecções de quem eu sou. Aprendi que a maioria das pessoas não é capaz de ver os outros com clareza, vêem apenas as suas próprias projecções.
Isso fez-me perceber que há coisas na vida pelas quais vale a pena lutar. Quando for velha e os miúdos me perguntarem o que fiz durante estes tempos, sei que serei uma “velha” feliz por me ter expressado o máximo que podia, apesar de toda a censura e de todas as retaliações.”
Laura Matsue
Como é óbvio que não devemos aceitar tudo o que nos é dito, sem qualquer tipo de questionamento e discernimento, porque muito nos é dito, sobre tudo e mais alguma coisa, sobre nós, sobre os outros, sobre o mundo que nos rodeia, das mais diversas formas… Mas nem tudo é Verdade! Peço-vos assim, como de costume, que mantenham o bom senso e acolham apenas aquilo que ressoa para vós, dentro do Coração, com discernimento.
“Nem tudo o que é ouro brilha, nem todos os que vagueiam estão perdidos; o velho que é forte não murcha e raízes profundas não são atingidas pela geada.”
J.R.R. Tolkien
Como sempre, deixo-vos a minha mais profunda e sincera GRATIDÃO pela vossa leitura e atenção e peço-vos que, como de costume, acolham apenas o que ressoa convosco e coloquem de parte tudo o resto, já que tudo o que partilho convosco é apenas o fruto dos meus próprios questionamentos, experiências de vida, compreensões e integrações alcançadas através dos ensinamentos do Yoga, da minha própria prática espiritual e do meu sādhana (साधन). Com todo o meu AMOR e REVERÊNCIA, desejo-vos coragem, bons questionamentos e boas práticas… Dentro e fora do tapete! Para que um dia, possamos ver no mundo, a mudança que ocorre em nós através do Yoga!
Namaste
🙏💜✨
Rita
ॐ लोकाः समस्ताः सुखिनो भवन्तु
ॐ शान्तिः शान्तिः शान्तिः॥
Oṁ lokā samastā sukhino bhavantu
Oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ
Oṁ
Que todos os seres, em todos os lugares, sejam felizes.
Que haja Paz, Paz, Paz.
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