top of page
Rechercher
Photo du rédacteurRita

Outubro 2024

O lótus do conhecimento eterno e da perfeição eterna é um botão fechado e dobrado dentro de nós.


Pode abrir-se rapidamente ou gradualmente, mas sempre pétala a pétala, através de realizações sucessivas, assim que a mente do indivíduo começa a virar-se para o Eterno e assim que o seu coração, não mais comprimido e confinado pelo apego às aparências finitas, se enamora do Infinito, em qualquer grau que seja.


Toda a vida, todo o pensamento, todo o dinamismo das faculdades, todas as experiências passivas ou activas, tornam-se, a partir de então, inúmeros estímulos que desintegram os tegumentos da alma e removem os obstáculos ao inevitável desabrochar.


Aquele que escolhe o Infinito foi escolhido pelo Infinito. Recebeu o toque divino sem o qual não há despertar, não há abertura de espírito; mas uma vez recebido, a realização é certa, quer seja conquistada rapidamente no decorrer de uma vida humana, quer seja perseguida pacientemente através dos muitos estádios do ciclo de existência no universo manifestado.

 

Nada pode ser ensinado à mente que não esteja já oculto como conhecimento potencial na alma em desenvolvimento do indivíduo. Da mesma forma, toda a perfeição de que o indivíduo exterior é capaz, é apenas uma realização da perfeição eterna do Espírito dentro de si.


Conhecemos o Divino e tornamo-nos o Divino, porque já O somos na nossa natureza secreta. Todo o ensinamento é uma revelação, todo o devir é um desdobramento. A auto-realização é o segredo; o auto-conhecimento e uma consciência crescente são os meios e o processo.

Sri Aurobindo



Queridos alunos e amigos ✨,


Durante o mês de OUTUBRO, de forma a melhor gerir o espaço dentro do Shala🪷🍃, o horário de quinta-feira à TARDE (e apenas esse!), vai ser alterado, de forma a permitir a criação de 2 TURNOS, um primeiro  turno entre as 16h45 e as 18h15 e um segundo turno entre as 18h15 e as 19h45. Com o tempo, logo veremos se faz sentido manter esta mudança ou se voltamos ao modelo precedente… 


Nesta época do ano, é comum haver inúmeras alterações nos horários dos alunos regulares, assim como maior afluência ao Shala🪷🍃 por parte de novos ou antigos alunos que decidem começar ou regressar à prática e, de uma maneira geral, a aula de quinta-feira à tarde costuma ser a mais afectada por esta mudança sazonal associada ao início de um “novo ciclo” (como é o caso do início de cada ano lectivo ou o início do calendário gregoriano).


De forma a evitar qualquer desconforto para os alunos regulares, manter os níveis de disponibilidade e atenção para os novos alunos e, ao mesmo tempo, evitar uma sobrecarga energética para mim, evitando igualmente o sacrifício (meu, da vossa prática ou do vosso acompanhamento pessoal…), tomei a decisão de alargar o horário de ensino de quinta-feira à TARDE, de forma a criar 2 TURNOS.



Salvo raras excepções, 1h30 de prática é tempo suficiente para a maioria dos praticantes realizarem a totalidade da Primeira Série, por isso, durante o mês de OUTUBRO, peço-vos que, se vos for possível, se adaptem a um OU outro dos turnos, de acordo com a vossa própria disponibilidade, que façam uma boa gestão do tempo da vossa prática pessoal, de forma a que não se prolongue além do horário previsto para cada turno e que sejam tão compreensivos e pacientes quanto possível, se vos pedir que aguardem na entrada, enquanto o número de alunos dentro da sala for superior ao que sinto em alinhamento com as minhas capacidades pessoais de ensino.


Lembrem-se, por favor, que estou sempre a fazer o melhor que posso com as ferramentas que tenho, para colocar a minha vontade pessoal apenas ao serviço da Vontade Divina, com Amor e Compaixão, sem interferir com o Livre-Arbítrio seja de quem for, com o mínimo de resistência possível da minha parte e, acima de tudo, sem cair no sacrifício e, por essa razão, sempre que necessário, corrijo, ajusto, adapto, transformo, de acordo com o meu svadharma (dever pessoal) e a Ordem Cósmica (धर्म Dharma), ao Serviço do Plano Divino para a Libertação da Consciência para TODOS, independentemente do desconforto ou mesmo do sofrimento que isso possa provocar, em mim ou nos outros. Não pode ser de outra forma.


Não a minha vontade, mas a Tua, Deus…

  

Como sempre, acolham apenas o que ressoa para vós dentro do vosso Coração e lembrem-se que são sempre livres de ficar ou de partir, dependendo da forma como ressoam com o que ensino, a forma como ensino ou com a própria energia do Shala🪷🍃.    


🍃🪷🧘‍♀️💜🧘‍♂️🪷🍃



 


Yogasūtra II.15

परिणामतापसंस्कारदुःखैर्गुणवृत्तिविरोधाच्च दुःखमेव सर्वं विवेकिनः॥१५॥ 

pariṇāma tāpa saṁskāra duḥkhaiḥ guṇa-vṛtti-virodhācca duḥkham-eva sarvaṁ vivekinaḥ ॥15॥


«Para aquele que desenvolveu o discernimento, tudo é sofrimento, resultado da mudança, da ansiedade, dos condicionamentos e [ainda] das [manifestações] inadequadas da natureza.»



 



Apesar de toda a Gratidão que sinto por estar encarnada aqui e agora, durante estes tempos tão intensos de transição entre dois mundos tão opostos como o mundo da ilusão (माया māyā) e o mundo da Verdade (सत्य satya), o mundo da escuridão (तमस् tamas) e o mundo da Luz (ज्योतिस् jyotis) ou como o mundo onde reina o medo da morte (मृति mṛti) e o mundo da Consciência da Imortalidade (अमृत amṛta), estes tempos de Ascensão em que vivenciamos o fim de um ciclo e o início de outro, não posso senão reconhecer igualmente a que ponto é difícil e extenuante manter o alinhamento, dia após dia, ao nosso Verdadeiro Caminho Orgânico, à nossa prática espiritual (साधन sādhana), e continuar a avançar no nosso processo de Autoconhecimento e de Libertação da nossa Consciência da influência das causas de aflição (क्लेश kleśa), apesar de todas as interferências, de todos os desvios, de todos os ataques obscuros e da imensa batalha espiritual que está a acontecer neste preciso momento, não só dentro de nós, mas também à nossa volta… E se já é difícil para quem está consciente de estar a viver no auge desta batalha espiritual, imaginem como pode ser complicado para quem não tem consciência da multidimensionalidade de cada Ser, assim como de todo o Universo e diferentes planos de existência, da Ordem Cósmica (धर्म dharma) ou das Leis Universais que nos regem, acreditando simplesmente que o está a ocorrer em nós e à nossa volta é apenas o resultado inevitável das tensões manifestas no mundo material (quando na realidade é o oposto que está a acontecer!)…


A peregrinação da ascensão e esta descida para o trabalho de transformação devem ser inevitavelmente uma batalha, uma longa guerra connosco próprios e com as forças opostas à nossa volta que, enquanto durar, pode muito bem parecer interminável.

Pois toda a nossa velha natureza obscura e ignorante lutará repetidamente e obstinadamente com a Influência transformadora, apoiada na sua relutância ou na sua resistência total pela maioria das forças estabelecidas da Natureza universal circundante; os poderes e principados e os seres governantes da Ignorância não desistirão facilmente do seu império.

A batalha, a conquista e o império sob a forma de um conflito vitorioso com os Poderes das Trevas, um autogoverno espiritual completo e o domínio sobre a Natureza interior e exterior, uma conquista pelo Conhecimento, Amor e Vontade Divina sobre os domínios da Ignorância, é o verdadeiro objetivo da vida.

Sri Aurobindo


 



Existir aqui e agora, neste planeta, sob a influência das mais diversas forças que agem em nós e à nossa volta, das quais muitas vezes nem sequer temos consciência e que nos manipulam e se manifestam através das feridas deixadas pelas impressões latentes ou activas das vidas passadas (संस्कार saṃskāra) (ou simplesmente do passado, nesta mesma encarnação), pelas nossas tendências (mais ou menos) naturais (वासना vāsanā), assim como através da influência das causas de sofrimento (क्लेश kleśa) de que tanto já vos falei, pode ser extremamente cansativo, exigente e mesmo extenuante, a partir de um certo ponto, para cada um dos nossos corpos (físico, energético, mental, emocional, espiritual), principalmente se houver identificação com os diferentes veículos ou envelopes que nos constituem (कोश kośa) e as suas diferentes formas de manifestação (pensamento, palavra, emoção, sentimento, acção…), ou com os obstáculos e consequentes sintomas dos mesmos, que vão surgindo ao longo do caminho (do Yoga ou da Vida, que já se sabe que são uma e a mesma coisa!) e que Patañjali descreve como sendo o resultado da dispersão mental e a fonte das  distracções da consciência.


 


Yogasūtra I.30

व्याधिस्त्यानसंशयप्रमादालस्याविरतिभ्रान्तिदर्शनालब्धभूमिकत्वानवस्थितत्वानि चित्तविक्षेपास्तेऽन्तरायाः॥३०॥ 


vyādhistyānasaṃśayapramādālasyāviratibhrāntidarśanālabdha-bhūmikatvānavasthitatvāni cittavikṣepās te ‘ntarāyāḥ ॥30॥


« A doença, a inércia, a dúvida, a desatenção, a preguiça, a intemperança, o erro de julgamento [visão falsa], a não-realização dos estágios [do Yoga] e a instabilidade [nesses estágios] são as distrações da consciência; são estes os obstáculos. »



Yogasūtra I.31

दुःखदौर्मनस्याङ्गमेजयत्वश्वासप्रश्वासा विक्षेपसहभुवः॥३१॥ 

duḥkhadaurmanasyāṅgamejayatvaśvāsapraśvāsā vikṣepasahabhuvaḥ ॥31॥


« A dor, a depressão, a agitação física e [os erros de] inspiração e expiração são [sintomas] associados às distrações. »



 


Reconhecendo tudo isto, toda a ilusão, todas as sombras, todos os medos, olhando para tudo isto sem desviar o olhar, por muito doloroso que seja, pois nada é mais importante que a Verdade para quem procura a Libertação da Consciência (मोक्ष mokṣa) através da União (योग yoga) com o Divino dentro do seu Coração, é possível reconhecer igualmente que esta encarnação, aqui e agora, apesar de todas as dificuldades e de todos os obstáculos, é igualmente uma oportunidade única para nos elevarmos ao Mais Elevado Potencial da nossa Alma e de todo o nosso Ser, se assim o desejarmos profundamente e colocarmos toda a nossa energia, atenção e intenção nesse sentido. Apenas dentro de nós, dentro do nosso Coração, através do nosso Livre-Arbítrio, reside a possibilidade e o poder de decisão para ver a Verdade ou desviar o olhar, quando ela é desconfortável ou dolorosa e abala todas as certezas e convicções individuais ou colectivas construídas pela ignorância (अविद्या avidyā) e pelo ego (अस्मिता asmitā). Só nós podemos decidir se queremos assumir o nosso poder pessoal e a nossa responsabilidade pessoal ou abrir mão da nossa soberania. Só nós sabemos se escolhemos a Cura, não dos sintomas (mesmo se esse é evidentemente o primeiro passo!), mas da causa primordial de todo o sofrimento humano (दुःख duḥkha), ou se nos deixamos submergir por um estado de vitimização, sabendo que é absolutamente necessário fazer prova de uma fé inabalável e infinitas coragem e resiliência, para ousar  pavimentar novos caminhos ou mesmo optar por caminhos menos percorridos ou compreendidos, mas mais adaptados e alinhados com as aspirações profundas da nossa Alma… 


Face à mais íngreme de todas as montanhas, o desafio e a derrota, lado a lado, na palma das nossas mãos. 


"A verdadeira atitude de sādhanā consiste em não impor a mente e a vontade vital ao Divino, mas em acolher a vontade divina e segui-la. O melhor não é dizer: « Tenho direito a isto, preciso disto, peço-o, exijo-o, necessito-o; porque não o tenho? », mas dar-se, entregar-se e receber com alegria, sem lamentos nem revoltas, tudo o que o Divino vos concede. Então o que receberem será precisamente aquilo de que precisam.” 

Sri Aurobindo



 

De todos os anos dedicados nesta vida à busca espiritual, incluindo os anos dedicados à prática e ao ensino de Yoga, a maior lição vivida até hoje, foi precisamente a de aprender a não interferir com o Livre-Arbítrio seja de quem for, a não impor a minha vontade sobre os outros e a ensinar exclusivamente através do exemplo. Se o próprio Divino não interfere com as nossas escolhas e decisões, agindo apenas como Testemunha Compassiva e oferecendo-nos o seu apoio incondicional face às adversidades, qual seria a minha autoridade para o fazer, para atropelar a vontade de um indivíduo para experimentar diversas situações, mesmo se muito difíceis ou dolorosas


Não me interpretem mal, isto não significa que não imponho regras no interior do Shala🪷🍃 ou que cada um pode fazer aquilo que muito bem entender dentro deste espaço que foi criado especificamente para que pudesse transmitir os ensinamentos do Yoga, segundo a minha própria visão, experiência e compreensão (do Yoga e da Vida) e, dentro das minhas próprias capacidades, mas também a minha compreensão das Leis Universais e do respeito do Dharma (धर्म - Ordem Cósmica). Dessas mesmas regras depende a Harmonia e o Equilíbrio energético e espiritual do espaço e da comunidade que o constitui, assim como a preservação e a conservação da minha  própria energia vital (प्राण prāṇa) para que possa continuar a realizar o meu svadharma (dever pessoal) ao Serviço do Divino e, por essa razão, defendo e continuarei a defender essa Harmonia e esse Equilíbrio sempre que necessário, enquanto o Padma Yoga Shala🪷🍃 existir. No entanto, tenho a plena compreensão e consciência que todas as minhas recomendações relativas à prática ou aos hábitos de vida de cada aluno, não são mais que isso. Simples recomendações. E, por essa razão, sofro muito menos que nos primeiros anos… 


Não te deixes perturbar pelos que te rodeiam e pela sua oposição. Estas condições são muitas vezes impostas no início como uma espécie de teste. Se conseguires manter-te calmo e tranquilo, e continuares a tua sādhanā sem permitir que estas circunstâncias te perturbem internamente, isso ajudar-te-á a adquirir uma força muito necessária; pois o caminho do yoga está sempre repleto de dificuldades internas e externas e, para as enfrentar, o sādhak deve desenvolver uma força calma, firme e sólida.

Sri Aurobindo


 




No início, doía-me muito ver e sentir a dor e o sofrimento dos alunos, e era-me particularmente difícil ser testemunha das suas dores físicas, psicológicas, emocionais ou espirituais e constatar a forma como se sentiam desamparados durante a sua manifestação e, ainda mais, quando essa manifestação se tornava prolongada ou crónica. Mas o que realmente me fazia sofrer intensamente e que exigia de mim um esforço pessoal imenso para encontrar a neutralidade, era verificar a que ponto resistiam consciente ou inconscientemente às opções válidas que certamente lhes  permitiriam minimizar ou mesmo libertar-se definitivamente não só do sintoma manifestado sob a forma de dor, mas também do obstáculo que estava na sua origem, assim como do sofrimento causado pelo não reconhecimento da sua Verdadeira Essência e Natureza Divina  e a sua consequente identificação com o corpo físico, mental ou emocional (अविद्या avidyā)…


Onde vai a nossa atenção, vai a nossa energia. Mais uma vez, podemos concentrar-nos no sintoma ou na causa, na resistência ou na aceitação, no reforço da dor ou na sua cura… A escolha é de cada um de nós e é importante não esquecer que o Divino dentro do nosso Coração, protector incansável do nosso Livre-Arbítrio, só pode ser escutado através do silêncio interior e nunca, nunca, nunca interfere com as nossas escolhas… É no centro de nós mesmos que encontramos o Amor, a Compaixão, o Perdão, a Paciência, a Gentileza e a Humildade que merecemos tanto quanto os outros… Talvez seja apenas uma questão de bom senso (que muitas vezes se transformará numa questão se sobrevivência, se não for escutada a tempo!) eliminar todas as distracções, estabelecer prioridades e avançar lentamente, mas seguramente pelo Caminho da Cura física, energética, mental, emocional e espiritual


Haverá realmente alguma relação mais importante que a relação que temos connosco mesmos e com Deus?


 

Yogasūtra I.32

तत्प्रतिषेधार्थमेकतत्त्वाभ्यासः॥३२॥ 

tatpratiṣedhārtham ekatattvābhyāsaḥ ॥32॥


« Para contrapor-se a essas [distrações, o yogin deve recorrer à] prática [de concentrar-se] num único princípio. »


 

De um ponto de vista absoluto, a resposta está sempre no reconhecimento do sofrimento, para que possa existir, em seguida, um processo de desidentificação com a causa desse mesmo sofrimento e a libertação dos véus da ignorância (अविद्या avidyā) e de todos os outros kleśa (क्लेश) a que a ignorância dá origem. Esta mesma realidade do sofrimento humano é descrita pelas mais diversas tradições espirituais (por exemplo, na tradição do Budismo, deu origem às 4 Nobres Verdades), e inúmeros caminhos são propostos para que a Libertação possa acontecer de forma plena.


Mas o problema nunca é o ponto de vista absoluto… 


Se compreenderem o sofrimento, se virem a urgência da ação imediata e não a adiarem, então transformar-se-ão.

Krishnamurti


 




O verdadeiro desafio surge no plano relativo, no mundo material, em que a maioria das pessoas se identifica com o seu corpo, com os seus pensamentos, com as suas emoções, com os seus ideais e com todas as suas “certezas absolutas” enraizadas nas teias da ilusão e nos milhares de estímulos sensoriais e preconceitos e convicções sociais a que são submetidas cada dia, para que se conformem com um sistema que os escraviza e manipula, minimizando qualquer possibilidade de revolta ou de rebelião. O verdadeiro desafio surge quando existe uma incapacidade para discernir a subtil diferença entre uma interferência ou um ataque negativo e as infindáveis oportunidades que são colocadas à nossa disposição, cada dia, pelas forças divinas que nos guiam, nos apoiam e nos acompanham, de forma a que possamos finalmente recuperar a memória sobre quem realmente somos e o que fazemos aqui. Como pode alguém rebelar-se contra algo que o oprime ou ver as infinitas oportunidades subtilmente “escondidas” nas dificuldades, se não tiver consciência que está a ser oprimido ou, ao contrário, que lhe está a ser divinamente apresentada uma miríade de novas possibilidades, para viver uma vida mais em alinhamento com as aspirações profundas e sinceras da sua Alma? E, sinceramente, mesmo se muitas pessoas conseguem identificar a “opressão” ou a “subjugação” quando ela vem de fora para dentro, pelas mãos de alguém que nos força a fazer algo que não sentimos justo ou em alinhamento com os nossos valores, algo que nos vai prejudicar a curto, médio ou longo prazo, poucos são aqueles que identificam essa mesma opressão, essa subjugação, quando ela vem de dentro de nós, manifesta pela influência das causas de aflição (क्लेश kleśa), dos diferentes obstáculos e, consequentemente, pelas dores do nosso corpo físico, do nosso corpo mental, do nosso corpo emocional ou do nosso corpo espiritual. Da mesma forma, é tão comum passar despercebida uma qualquer manifestação da Vontade Divina, que pode vir de dentro para fora, mas também pode vir de fora para dentro, através do contacto e da conexão com os minerais, as plantas, os animais, as outras pessoas ou mesmo situações e circunstâncias, já que o nosso Plano Divino de encarnação, tal como nós, utiliza todas as ferramentas que estão à sua disposição, por muito imperfeitas que possam parecer por vezes ou à primeira vista, tendo em conta o mundo distorcido e invertido em que vivemos e a influência das forças negativas a que somos submetidos cada dia… 





No final, todos fazemos o melhor que podemos, com as ferramentas que temos…


Vê-lo-íamos mais facilmente, se não andássemos tão ocupados com coisas nem sempre tão importantes quanto isso, se não procurássemos tantas distracções de forma a apaziguar as nossas ansiedades e agitação interior, se não valorizássemos tanto a gratificação instantânea  do mundo material, por sentirmos tanta falta de um verdadeiro sentido e propósito de Vida. O ser humano é um ser espiritual, multidimensional, ilimitado, divino, soberano livre… Limitar-se, reduzir-se, conformar-se a algo além de uma Existência Divina, não pode senão ser fonte de sofrimento, de dor, de ansiedade e de agitação… 


É bem possível - e até comum - que a mente aceite o Divino ou o ideal yóguico por um tempo mais ou menos longo, às vezes muito longo, sem que o vital se convença e se submeta, permanecendo  assim obstinadamente no caminho do desejo, da paixão e da atração pela vida comum. Esta divisão, ou conflito, entre a mente e o vital é a causa da maioria das dificuldades mais agudas na sādhanā [prática espiritual].”

Sri Aurobindo


 



Chegar até ao ponto de conseguir ser apenas uma testemunha compassiva de tudo isso (de forma neutra, mas nunca indiferente!), dessa falta de discernimento, dessa ignorância da Verdadeira Essência Divina em cada Ser e da Graça Divina que o sustém (nos outros, mas acima de tudo, em mim mesma!), assim como de um forte espírito de negação ou de cegueira face à Realidade, à Verdade e à Consciência, foi durante anos o maior desafio que tive de enfrentar para encontrar o alinhamento perfeito ao meu svadharma (continua a ser um trabalho quotidiano, nunca está terminado, pois é um processo contínuo e evolutivo…). Muitas foram as vezes em que baixei os braços e pensei que não ia conseguir (ainda acontece…), sentindo que não estava à altura do que me era pedido. Durante anos, muitos anos de pequenas, grandes ou mesmo enormes noites escuras da Alma, parecia viver uma espécie de primeiro capítulo da Bhagavadgītā (a título pessoal e em pequena escala, é óbvio!), em que o desespero face à imensidão da missão a realizar era uma constante e a vontade de desistir bastante frequente (o primeiro capítulo da Bhagavadgītā, intitulado “O desespero de Arjuna”, descreve a sua angústia e a sua vontade de desistir face ao tamanho desafio que tem à sua frente, a Batalha de Kurukshetra (कुरुक्षेत्र युद्ध), batalha espiritual entre as forças do Bem e do Mal, para que o equilíbrio dhármico pudesse ser novamente restabelecido na Índia). Com o tempo, à medida que ia ultrapassando os meus próprios obstáculos, à medida que ia identificando certos véus da ignorância e que me ia libertando deles, pela prática dos Valores Mais Elevados do Yoga (Yama/Niyama) e o alinhamento à Verdade através dos meus pensamentos, palavras e acções, à medida que ia abrindo mão das minhas próprias resistências e influência do ego e ia colocando mais e mais a minha vontade pessoal exclusivamente ao Serviço da Vontade Divina, pela prática de Īśvarapraṇidhāna (ईश्वरप्रणिधान - a entrega ao Absoluto/Deus ou o dom de si mesmo, a “oferenda de todas as suas acções a Deus”), fui realizando que, depois de transmitir o que me é pedido que transmita ou de partilhar e exprimir a minha visão e experiência sobre algo, quando me pedem que o faça, seja no contexto das aulas de Yoga, das conversas pessoais e individuais com cada um dos alunos do Shala🪷🍃, ou mesmo em contexto familiar ou social, não posso senão pedir que cada um acolha apenas aquilo que ressoa e que serve e beneficia o seu próprio caminho actual de evolução espiritual, descartando tudo o resto, e posicionar-me, em seguida, como Testemunha Compassiva das escolhas, decisões e tomadas de consciência de cada um, mantendo o meu Coração aberto e cultivando a Paciência e a Humildade necessárias para continuar à escuta e ao Serviço da Vontade Divina. De vez em quando, o Universo presenteia-me com “pequenos milagres” e isso contribui sempre para a expansão do meu CoraçãoSem apegos, sinto-me feliz!


Não é fácil manter o coração aberto neste momento, face à imensa escuridão que está a ser revelada no mundo e projectada sobre os outros. Se, ainda assim, sentes que és capaz de o fazer, isso quer não só dizer que foste feito para estes tempos, como também que o mundo precisa desesperadamente que estejas aqui, para manter a luz.

Obrigada pelo teu serviço à humanidade.

Laura Matsue



 


Enquanto houver ignorância, enquanto não houver um pleno reconhecimento da Verdadeira Essência Divina, a semente, o germe e a raiz do sofrimento continuará presente em todas as coisas, em todos os seres, em todos os instantes e em todas as circunstâncias. Enquanto houver, nem que seja um resto de ignorância dentro de nós, enquanto houver identificação com o corpo físico, com os pensamentos, com as emoções ou com as dores que possam estar presentes em qualquer um dos nossos corpos (físico, energético, mental, emocional ou espiritual), somos vulneráveis à influência dos kleśa (क्लेश) e das diferentes forças negativas (dentro e fora de nós) e não estamos ao abrigo do sofrimento e, sinceramente, essa é a principal razão pela qual todos nós chegámos ao Yoga (quer tenhamos ou não consciência disso), já que o objectivo desta filosofia, desta prática e deste método soteriológico é precisamente superar o sofrimento futuro


 


Yogasūtra II.16

हेयं दुःखमनागतम्॥१६॥ 

heyaṁ duḥkham-anāgatam ॥16॥


« O sofrimento que ainda não ocorreu deve ser evitado.»



Yogasūtra II.17

द्रष्टृदृश्ययोः संयोगो हेयहेतुः॥१७॥ 

draṣṭṛ-dṛśyayoḥ saṁyogo heyahetuḥ ॥17॥


« A causa do que deve ser evitado é a união entre Aquele que vê [Puruṣa ou Princípio de Consciência] e o que é visto [Prakṛti ou Natureza].»



 


As dores que podemos sentir em cada um dos nossos corpos, muitas vezes desencadeadas por uma vida inteira de maus hábitos, de sacrifício ou de experiências traumáticas (ou inúmeras vidas passadas das quais não temos memória, o que nos leva mais facilmente a acreditar que as origens dessas dores podem ser aleatórias ou desconhecidas…) são sintomas bem reais, muitas vezes de causas e circunstâncias maiores, que deveriam ser tidas em conta de um ponto de vista holístico e multidimensional e considero que não devem ser adormecidas, anestesiadas, ignoradas, nem tão pouco evitadas, a menos que coloquem em risco a própria vida. Em cada uma das minhas células, sinto plenamente que quando elas se manifestam num determinado momento, numa determinada localização específica do nosso corpo físico, energético, mental, emocional ou espiritual, independentemente do facto de serem completamente orgânicas ou de trazerem consigo a impressão e a marca das forças negativas, elas podem sempre ter uma função enquanto catalisadores, para que mais amplas tomadas de consciência possam acontecer e para que nos libertemos mais e mais de todos os entraves e fardos que foram colocados sobre nós ao longo das nossas múltiplas encarnações


O poder ilimitado de Deus actua por detrás de todos os métodos de cura, sejam eles físicos, mentais ou vitais.

Nunca devemos esquecer este facto, porque se confiarmos no «método» e não em «Deus», automaticamente entravamos e limitamos o livre fluxo do poder de cura.

Paramahansa Yogananda


 




Sinto que não é benéfico temer a dor ou fugir dela, pois estaríamos assim igualmente a afastar-nos do efeito libertador que contem no seu germe… Sinto que a dor, toda e qualquer dor, enquanto sintoma de uma causa maior, quando se manifesta, deve ser localizada, compreendida, aceite, cuidada da forma que nos pareça mais conveniente e adaptada às nossas necessidades, com tanto Amor, Compaixão e Paciência quanto possível, para que possamos identificar a sua causa, a sua origem e libertar-nos também dessa fonte primordial de sofrimento, de forma definitiva e permanente, dentro do Tempo Divino e segundo a Vontade Divina. E este é um processo que exige a nossa participação activa, disciplina e esforço sobre si mesmo e, simultaneamente, um abandono pleno, completo e total a Deus, com uma  incondicional e a Confiança que TUDO PASSA no Tempo Divino. Quanto mais ampla, holística e multidimensional for a nossa abordagem no “tratamento da dor” e a nossa aceitação da mesma, mais fácil será todo este processo de cura e de Libertação. Porque há dores que aparecem repentinamente e desaparecem tão depressa como surgiram, há dores que se instalam progressivamente e que pioram bastante antes de desaparecer definitivamente (falo-vos muito destas dores que têm tendência a manifestar-se com a prática de āsana, quando as posturas começam a funcionar como antídoto aos maus hábitos alimentares ou posturais que fomos desenvolvendo e cultivando ao longo da vida), outras dores acompanhar-nos-ão ao longo de toda a nossa vida e só nos abandonarão no momento da nossa transição, quando abandonarmos o corpo físico e, infelizmente, há também dores que nos acompanham vida após vida, resultado dos inúmeros traumas vividos e das quais apenas nos libertamos quando as aceitamos plenamente e recuperamos a memória da sua causa original… 


Seja como for, quanto mais resistimos, mais sofremos


As provações não são infligidas pelo Divino, mas pelas forças dos planos inferiores - mental, vital e físico - e toleradas pelo Divino, porque fazem parte da educação da alma e ajudam-na a conhecer-se a si própria, a conhecer os seus poderes e as limitações que tem de ultrapassar.

Sri Aurobindo


 




O tema da dor, assim como do sofrimento, pode ser extremamente difícil de compreender e de aceitar, principalmente nestes tempos e nesta sociedade em que é tão fácil ter acesso a um qualquer “comprimido mágico” que alivia, esconde ou anestesia imediatamente ou rapidamente a dor… Parece tão mais fácil como opção… Mas será realmente benéfico para nós (é sempre benéfico para alguém, talvez seja boa ideia questionarmo-nos sobre “quem” beneficia realmente com esta abordagem…)? Será que a dor (ou o sofrimento) desaparece realmente? Será que todas as dores devem ser tratadas da mesma forma, tendo em conta que, muito provavelmente, são sintomas de causas e origens diferentes? Será que uma dor que se manifesta no corpo físico é realmente o reflexo de um problema no corpo físico (a mesma coisa se aplica ao corpo energético, mental, emocional ou espiritual)? Será que a forma como estão a lidar com as vossas dores é a mais adaptada às vossas necessidades? Já mergulharam  nas profundezas da vossa dor, observando-a, acolhendo-a e aceitando-a plenamente, até que ela vos revele a sua causa, a sua origem primordial? Ou será que estão a negá-la, a resistir-lhe, com medo dela ou a dar-lhe uma data limite para se “fazer à vida”, tentando sobrepor a vossa vontade pessoal à Vontade Divina? Já exploraram todas as opções disponíveis face à sua manifestação, para ver o que acontece? Já mudaram os vossos hábitos alimentares, já fizeram jejum, já perderam ou ganharam peso, já alteraram os vossos padrões de sono, de exercício e os vossos hábitos de consumo (seja qual for o consumo)? Já experimentaram intensificar ou suavizar a vossa prática de āsana? Já pediram conselho médico, se sentem necessidade disso? Já procuraram o auxílio de quem  o mundo das Forças além dos olhos físicos e dos instrumentos científicos? E Apoio Divino, já solicitaram a Ajuda Divina? Já falaram com Deus, a partir da esfera sagrada do Lótus do vosso Coração, enraizados na Fé inabalável de que o Divino não é apenas algo que se encontra no exterior, mas sim aquilo que SOMOS? Quando a nossa  é inabalável e infalível, quando a nossa intenção, o nosso consentimento e a nossa autoridade estão apenas e exclusivamente ao Serviço de Deus, do Outro, do Bem Comum e da Vontade Divina, quando pedimos auxílio, somos sempre guiados e mesmo, por vezes, empurrados ou levados ao colo por esse mesmo Divino, que se encontra tanto dentro de nós, como à nossa volta… No momento certo, será que seremos capazes de escutar e reconhecer as diferentes manifestações da intervenção divina?


Poucos são aqueles que procuram a mão oculta do Senhor. A maioria considera o curso dos acontecimentos como natural e inevitável. Não sabem, de resto, quão radicais são as mudanças que podem ser operadas através da oração. Deus responde sempre quando rezamos profundamente com fé e determinação.

Paramahansa Yogananda


 


Todas estas questões são para vós, apenas se sentirem que vos são úteis, benéficas e apoiam a vossa prática e evolução espiritual.

 

Eu conheço a resposta à maioria delas, mas é uma resposta pessoal, adaptada a mim e fruto da Verdade que surgiu de dentro para fora, através da minha própria prática e experiência ao longo dos anos, à medida que a minha compreensão do Ser e do Mundo se ia tornando cada vez mais multidimensional e à medida que me ia despojando das construções e dos mecanismos de defesa do ego. São respostas que servem apenas a minha própria evolução espiritual e que não posso, nem quero, nem tenho qualquer intenção de impor aos outros. Elas refletem-se, no entanto, tanto na forma como vivo, como na minha prática de Yoga (e quando falo da minha prática de Yoga, nunca falo apenas da prática de āsana, mas sim da totalidade dos oito membros do Aṣṭāṅgayoga e mesmo do Yoga na sua globalidade, com a componente também do Karmayoga [Yoga da Acção], Bhaktiyoga [Yoga da Devoção] e Jñanayoga [Yoga do Conhecimento], que não são distintos da Vida e levam ao mesmo objectivo, a União com o Divino, o Absoluto dentro do nosso Coração), e também na forma como ensino e transmito os ensinamentos desta tradição milenar. Não sinto qualquer necessidade de as esconder ou justificar. Mesmo se tenho plena consciência que nem sempre são compreendidas ou aceites e que podem constituir um incómodo ou mesmo uma ameaça, para que vive fortemente sob a influência dos kleśa (क्लेश) e é incapaz de reconhecer a multidimensionalidade do Universo.


É através da minha própria compreensão e aceitação da dor e do sofrimento individual e colectivo, planetário e mesmo cósmico, que posso transcender as minhas próprias limitações, para em seguida partilhar a minha experiência, apoiar ou inspirar os outros nos seus próprios processos de evolução espiritual (se for essa a sua vontade sincera), continuando sempre a desenvolver o discernimento, a paciência e a neutralidade necessárias para continuar a “não desviar o olhar” da Verdade. A minha intenção é continuar a fazer o melhor que posso para mudar aquilo que pode e deve ser mudado em mim, para que essa mudança possa manifestar-se igualmente em seguida no mundo à minha volta mas, ao mesmo tempo, continuar a ser simplesmente a Testemunha Compassiva daquilo que não pode (ainda?) ser mudado. Esforço-me para me manter plenamente consciente que apenas sou responsável pelo meu próprio karma e que, mesmo quando parece que tenho as respostas certas para determinadas situações externas, por me encontrar numa situação de observação neutra e sem apegos, não é porque vejo, indico ou recomendo, que é da minha responsabilidade retirar as “pedras” de caminhos alheios… 


Dói? Pois dói… 


Sofremos? Pois sofremos… 


Mas e se estivéssemos simplesmente a crescer? Lembram-se das dores sentidas entre a infância e a adolescência, quando o corpo físico estava a crescer? E se algumas das dores que sentimos hoje fossem o reflexo de um crescimento maior, mais profundo, mais espiritual e multidimensional? Será que crescemos apenas desde o nascimento até à idade adulta, ou será que crescemos até ao momento da nossa morte e muito, muito mais além?… 


De vós e apenas de vós depende a forma como olham para tudo o que constitui o vosso Ser e também o mundo à vossa volta, incluindo tudo o que vos dói e tudo o que vos faz sofrer, assim como tudo o que vos traz prazer ou alegria (é disso que vos falo há anos, de cada vez que abordo o tema dos da influência dos kleśa [क्लेश]). A única coisa que posso fazer é continuar a abrir o meu Coração e partilhar convosco o meu Amor, a minha Compaixão e a minha , deixando transbordar de dentro de mim a Essência Divina de Quem Sou. Quem sabe se isso poderá fazer parte do processo que trará à superfície a única Verdade que, um dia, de dentro para fora, vos libertará da dor e do sofrimento… 


Vocês saberão. Ela irromperá, incondicionalmente, de dentro para fora, e a vida nunca mais será igual… 


Não segundo a nossa vontade, mas segundo a Vontade Divina…



Acreditar em Deus e ter fé em Deus são duas coisas diferentes. Uma crença só tem valor se a pusermos à prova e a pusermos em prática na nossa vida. A crença convertida em experiência traduz-se em fé.

Paramahansa Yogananda





 


Apesar das ruínas e da morte,

Onde sempre acabou cada ilusão,

A força dos meus sonhos é tão forte,

Que de tudo renasce a exaltação

E nunca as minhas mãos ficam vazias.

Sophia de Mello Breyner Andressen





 

Como sempre, deixo-vos a minha mais profunda e sincera GRATIDÃO pela vossa leitura e atenção e peço-vos que, como de costume, acolham apenas o que ressoa convosco e coloquem de parte tudo o resto, já que tudo o que partilho convosco é apenas o fruto dos meus próprios questionamentos, experiências de vida, compreensões e integrações alcançadas através dos ensinamentos do Yoga, da minha própria prática espiritual e do meu sādhana (साधन). Com todo o meu AMOR e REVERÊNCIA, desejo-vos coragem, bons questionamentos e boas práticas… Dentro e fora do tapete! Para que um dia, possamos ver no mundo, a mudança que ocorre em nós através do Yoga!


Namaste

✨ 💜 🙏 💜 ✨

Rita


 


ॐ लोकाः समस्ताः सुखिनो भवन्तु

ॐ शान्तिः शान्तिः शान्तिः॥

 

Oṁ lokā samastā sukhino bhavantu

Oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ

 

Oṁ

Que todos os seres, em todos os lugares, sejam felizes.

Que haja Paz, Paz, Paz.



 



Comments


Commenting has been turned off.
bottom of page