Queridos alunos 🌱,
Desde Março do ano passado, as transformações nas nossas vidas têm sido tantas e temos feito um esforço tão grande para manter o foco e a tranquilidade face às mudanças externas, que por vezes podemos já não saber a “quantas andamos”.
Podemos sentir que a nossa memória nos falha. Podemos ter a sensação que está tudo a avançar tão rapidamente que ficamos com vertigens ou, pelo contrário, que está tudo de tal maneira bloqueado, que parece que a nossa vida está em suspenso… Para alguns de nós, a sensação de ter vivido “mil vidas” numa só vida e, em particular, ao longo do último ano, não é certamente um exagero!
Somos quotidianamente confrontados a questões mais ou menos difíceis e é possível que alternemos entre períodos de reflexão intensa e profunda e períodos em que apenas aspiramos a um pouco de vazio e silêncio interior, para podermos escutar a voz do nosso coração.
É certamente assim com alguns de vós. É assim comigo. E, inevitavelmente, é assim também com o Padma Yoga Shala🌿, cuja estrutura energética depende fundamentalmente da minha.
“Temos dentro de nós, uma reserva insuspeita de força que surge
quando a vida nos põe à prova…”
Isabel Allende
Porque ao longo do último ano, toda a minha vida tem sido de tal maneira impactada por tudo o que está a acontecer à nossa volta, apesar de todos os meus (e vossos!) esforços para manter o funcionamento normal do Shala, em Maio vou precisar implementar mais uma etapa de transformação e evolução do Padma Yoga Shala🌿, que ficará em vigor durante os próximos três meses, MAIO, JUNHO e JULHO. Encontram os NOVOS HORÁRIOS mais abaixo.
Bem sei que as mudanças têm sido muitas e, desde já, peço desculpa pelo inconveniente e quero que saibam que compreendo perfeitamente se se sentirem cansados de tantas alterações e preferirem suspender a vossa inscrição. Apesar dos anos de prática, ainda não consegui alcançar a perfeição e a LIBERDADE (mokṣa मोक्ष) que nos possibilita o Yoga, por isso, sou apenas um ser humano a fazer o melhor que consegue, no meio de todo este caos exterior, que infelizmente ainda interfere com o meu interior e, consequentemente, com a minha vida pessoal, familiar e profissional…
Em Maio, Junho e Julho passaremos a ter apenas três aulas ao final do dia, às segundas, terças e quintas-feiras, que terminarão às 20h00. As alunas que costumavam vir à aula de sexta-feira, podem vir em qualquer outro dia que lhes seja mais conveniente, se assim o desejarem.
Neste momento, preciso de passar mais tempo com os meus filhos, recuperar forças e perceber se valerá a pena desenvolver estratégias que possibilitem uma eventual “reabertura ao público” a partir de Setembro de 2021.
Às segundas e quintas-feiras à tarde, mantêm-se os dois turnos. O primeiro turno tem início às 17h00, para quem tenha disponibilidade de chegar mais cedo. O segundo turno começa a partir das 18h00, como já vem sendo hábito. Em Maio, teremos as nossas Reflexões, Conversas e Práticas informais online, nas quartas-feiras 05/05, 12/05 e 19/05, entre as 18h30 e as 19h10. Nestas três sessões, retiraremos dúvidas sobre os assuntos que foram falados ao longo do último ano, nestas aulas online. Em Junho e Julho faremos uma interrupção nestes momentos de partilha.
Este mês de MAIO, o Shala ENCERRA*
na LUA NOVA 🌑, terça-feira, 11/05/21
e na LUA CHEIA 🌕, quarta-feira, 26/05/21. Recomenda-se descanso da prática de āsana, nestes dois dias.
NOS FERIADOS* SANTO CRISTO, 10/05 : aberto apenas de manhã ESPÍRITO SANTO, 24/05 : aberto apenas de manhã, MAS na terça-feira 25/05, a aula começará às 17h00, para que as alunas do 1º turno da segunda-feira, possam compensar. * sempre que haja disponibilidade de vagas, poderão frequentar o Shala noutro dia ou noutro horário.
Não sei como cada um de vós foi gerindo interiormente tudo isto ao longo do último ano, mas eu passei o último ano a tentar encontrar o equilíbrio, face a todos os desafios pessoais e/ou profissionais que iam surgindo, assente nas fundações do Yoga, os Yama/Niyama.
“Um homem não pode fazer o certo numa área da vida,
enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.”
Mahātmā Gandhi
Os Yama, que correspondem à primeira etapa do Aṣṭāṅgayoga apresentado por Patañjali, são os ditos “refreamentos” e determinam o comportamento ético dos yogin (योगिन्) e das yoginī (योगिनी) e, em geral, deveriam igualmente determinar o comportamento ético de qualquer praticante de Yoga sincero e dedicado (está excluída a malta que vai a um workshop de Yoga por ano, para “desanuviar as ideias”! 😂).
A prática dos Yama abrange cinco grandes obrigações éticas e morais que não se aplicam exclusivamente aos yogin, mas que se espera que estes levem à perfeição, o que lhes confere certos poderes ou faculdades extraordinárias. Referem-se ao controle das tendências naturais e instintivas, inerentes a todos os seres vivos, de modo a harmonizar as relações do ser humano em sociedade e com os seres vivos em geral. Desta prática, depende a nossa integridade física, psíquica, emocional, espiritual e mesmo energética.
Ahiṃsā (अहिंसा), a não-violência, é a base do Yoga. É a mais fundamental destas cinco obrigações e implica não só a abstenção de matar ou cometer actos de violência, mas também o não consentimento e a abstenção de pensamentos, palavras ou actos nocivos. Com a sua perfeição, o yogin adquire a capacidade de neutralizar sentimentos de inimizade ou hostilidade na sua presença.
“A força gerada pela não-violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem.”
Mahātmā Gandhi
Como conciliar aquilo que sou, aquilo em que acredito e aquilo que pratico, com a sociedade à minha volta e as diferentes ideias e opiniões (tantas vezes tão diferentes das minhas ou mesmo em oposição directa), sem gerar violência em relação aos outros ou em relação a mim mesma através dos meus pensamentos, das minhas palavras, das minhas acções?
Que prática difícil esta, que nos arranca da nossa zona de conforto e da qual tantas vezes desistimos por não nos sentirmos à altura de tamanha tarefa, antes de regressarmos a ela uma e outra vez, cada vez mais impregnados da humildade que nos inspira, por não nos fazer sentido uma vida que não esteja firmemente assente nesta base, nesta fundação…
“A não-violência absoluta é a ausência absoluta de danos provocados a todo o ser vivo. A não-violência, na sua forma activa, é uma boa disposição para tudo o que vive. É o amor na sua perfeição.”
Mahātmā Gandhi
Sātya (सात्य), o segundo Yama, é a procura da verdade. O yogin deve esforçar-se por harmonizar todos os seus actos com as suas palavras e os seus pensamentos, evitando toda e qualquer distorção devido a um interesse pessoal ou estima de si mesmo (excesso de valor ou desvalorização). Com a perfeição deste Yama, o yogin adquire o poder de fazer com que todas as suas palavras se realizem.
“Os erros não se tornam verdadeiros por se difundirem e multiplicarem facilmente. Da mesma forma,
a VERDADE não se torna erro pelo facto de ninguém a ver.”
Mahātmā Gandhi
Muito pano para mangas nos tem dado este Yama, ao longo do último ano, dos últimos anos e, quem sabe, talvez mesmo ao longo dos últimos séculos e milénios… O que é certo é que cada pessoa gosta de exprimir a “sua” verdade, com base nos seus conhecimentos, mas também com base na sua ignorância, limitações e condicionamentos. Há sempre que ache que detém “A” verdade, porque já viu, já fez, já ouviu ou mesmo porque “disseram nas notícias”…
No entanto, sātya não faz referência a algo que vem de fora, mas sim ao que nos vem de dentro. Sātya não vem de um conhecimento exterior que nos tenha sido transmitido ou ensinado, mas sim de uma Sabedoria e Conhecimento interior, de uma intuição profunda que vibra de dentro do nosso coração para o mundo exterior, sem qualquer apego ou ligação ao nosso ego. Se for vista apenas como a prática para encontrar harmonia entre os nossos pensamentos, as nossas palavras e as nossas acções, abdicando de qualquer tipo de valorização pessoal e do ego, é possível que o praticante possa sentir-se só, face a uma maioria que não privilegie esta sinceridade… Mas sātya não é apenas algo que fazemos, relembro que saccidānanda é aquilo que já somos, apesar de não o reconhecermos através dos véus da ignorância (sat सत् - Existência/Verdade ; cittaचित्त - Consciência ; ānanda आनन्द - Felicidade)! Haverá alguma voz mais importante para escutar e partilhar, que a voz do nosso coração, a vibração da nossa própria alma? No final, nem que seja através do passar do Tempo e pela impermanência da Vida, a VERDADE acaba sempre por se revelar…
“A verdadeira verdade é sempre inverosímil.”
Fiódor Dostoiévski
Asteya (अस्तेय), refere-se à honestidade, à abstenção do roubo e da cobiça, ao respeito pela propriedade de outrem. Esta obrigação compreende a abstenção de roubo, mas também da cobiça e da inveja. Está intimamente ligada a ahiṃsā, pois roubar é igualmente uma violência. Levado à perfeição, este Yama permite ao yogin obter, sem esforço, todo o tipo de tesouros.
“Nenhuma herança é tão rica quanto a honestidade.”
William Shakespeare
Infelizmente, nos dias que correm, o conceito de honestidade e de propriedade alheia, também parece estar sujeito à subjectividade e variar segundo as pessoas, os contextos, as necessidades de cada um, a cada instante… Estaremos a respeitar a prática de asteya, quando nos apropriamos ou abusamos não só da propriedade e bens materiais, mas também das ideias, do tempo, da disponibilidade, da generosidade, da bondade, da ingenuidade ou da credulidade dos outros? E será que estaremos a respeitar esta mesma prática, quando nos sacrificamos continuamente, para compensar as maleitas do mundo e da humanidade, daqueles que agem em alinhamento com o seu ego, apenas numa forma de serviço a si mesmo? Quantos anos de vida estaremos a roubar a nós próprios, enquanto tentamos lidar com tudo o que não se encontra alinhado com o dharma, com tudo o que, à nossa volta, não manifesta qualquer tipo de respeito para com os seres vivos e o planeta em que habitamos? E esses tesouros a que se refere Patañjali, o que serão verdadeiramente e quantos de nós aspiramos verdadeiramente a eles?
“A sabedoria é a única riqueza que os tiranos não nos podem expropriar.”
Khalil Gibran
Brahmacarya (ब्रह्मचर्य), o quarto Yama, faz referência à continência ou moderação. Para aqueles que escolheram a via ascética, brahmacarya representa a abstenção de toda a actividade sexual, por actos, pensamentos ou palavras. Para aqueles que escolheram esta filosofia de vida, mas mantêm a sua vida em sociedade, esta prática implica a moderação na utilização da sua energia vital e também sexual, de forma a reforçá-la, transmutá-la e colocá-la ao Serviço do Divino. Com a sua perfeição, o yogin adquire grande vigor.
“Se você quer ser realmente forte, você deveria conhecer o seu ponto fraco.
Shunryu Suzuki
Dentro do contexto da nossa sociedade actual, em que o mais é sempre mais valorizado que o melhor, uma boa gestão da nossa energia vital, passa muitas vezes por uma aprendizagem lenta e progressiva das nossas forças e vulnerabilidades, das nossas capacidades e dos nossos limites, para que possamos ir passando aos poucos da quantidade para a qualidade, do egoísmo para o altruísmo, do sacrifício para a auto-preservação. Dentro do Shala🌿, enquanto fazemos a nossa prática, é-nos dada a possibilidade de perceber como o desgaste da nossa energia vital se vai transformando em cansaço crónico, tensões e vulnerabilidades físicas, psicológicas, emocionais e espirituais. Através da prática da moderação, enquanto antídoto à sociedade de consumo, de excessos e de dependências em que vivemos, vamos aprendendo a recuperar e preservar a nossa energia, a concentrá-la e aplicá-la, de forma eficaz, em propósitos que possam servir o nosso mais elevado potencial humano e divino. E, quem sabe, passar do egoísmo para o altruísmo…
“Levante as suas palavras, não a sua voz.
É a chuva que faz as flores crescerem, não os trovões.”
Rumi
Finalmente, aparigraha (अपरिग्रह), o último Yama, é a não-possessão ou o desprendimento. O yogin deve abster-se de acumular bens materiais e esforçar-se por guardar apenas o que é essencial à preservação da sua vida. Com a perfeição deste yama, o yogin pode conhecer o seu nascimento nesta vida e os seus nascimentos das existências passadas.
“A simplicidade é o último grau de sofisticação.”
Leonardo Da Vinci
Apesar de aparigraha ter entrado na “moda” há uns anos como estilo de vida, sob o nome de minimalismo ou simplicidade voluntária e muitas vezes associado ao movimento Zero Lixo (praticado essencialmente por pessoas preocupadas em melhorar o seu estilo e qualidade de vida, participando ao mesmo tempo na protecção do planeta, através da redução do consumo e do tempo passado a cuidar dos bens materiais acumulados), a maioria das pessoas ainda vive apegada aos valores veiculados pela sociedade de consumo. Há muito tempo que o ter tem primazia sobre o ser. Para quem escolheu “viver no mundo”, em vez de renunciar a ele e fechar-se numa caverna, dedicando-se exclusivamente a práticas ascéticas e espirituais, a prática de aparigraha não implica fazer voto de pobreza e despojar-se de todo e qualquer objecto. Existe efectivamente nesta prática a intenção de não adquirir bens supérfluos, não nutrir qualquer tipo de desejo ou apego por eles e não aceitar doações além de um limite razoável. Obviamente, a noção de bens supérfluos varia segundo os indivíduos, a sua condição social, familiar, etc. É importante não esquecer que quantos mais objectos possuímos, mais tempo despenderemos para fazer a sua manutenção e/ou protegê-los. Isso pode vir a revelar-se como uma forma subtil de asteya, sendo que o nosso tempo útil, que poderia ser dedicado a causas profundas, importantes ou mesmo vitais para a nossa evolução pessoal e espiritual, é assim “roubado” por algo cuja ausência não nos provocaria qualquer tipo de dano ou prejuízo. Assim, não se trata de não possuir objectos, mas sim de não ser escravos deles!
“A maioria dos luxos e muitos dos chamados confortos da vida são não somente dispensáveis, como constituem um impedimento à elevação da humanidade. A respeito dos luxos e comodidades, os mais sábios sempre levaram uma vida mais simples e menos abundante que os pobres.”
Henry David Thoreau
É importante não confundir a prática de aparigraha, em que o yogin ou praticante de Yoga decide, de forma voluntária e consciente, desapegar-se de objectos supérfluos, de maneira a encontrar maior equilíbrio e disponibilidade para o auto-conhecimento e prática espiritual, com as situações de dificuldade económica e mesmo pobreza forçada que sempre existiram em determinadas zonas e classes sociais e que estão a aumentar consideravelmente por todo o mundo desde a Primavera passada, devido às restrições impostas. Alguém que escolheu viver com muito pouco ou quase nada, poderá fazê-lo de forma saudável e sem sofrimento, principalmente se tiver a possibilidade de o fazer de forma progressiva. Alguém que seja forçado a reduzir as suas posses e nível de vida, por ser confrontado a uma redução drástica e imediata dos seus rendimentos, sem ter efectuado um trabalho prévio sobre a influência dos seus desejos (kāma काम), apegos (rāga राग) e ego (asmitā अस्मिता), vai inevitavelmente ser confrontado ao sofrimento… Nos tempos que correm, diria que ter consciência das nossas necessidades, diferenciando-as dos nossos desejos e vontades, é sem dúvida uma mais-valia e uma forma de preservação, face à incerteza do amanhã!
“Há coisas verdadeiramente necessárias à vida em algumas classes sociais mais desprotegidas e enfermas, enquanto em outras são supérfluas
e em terceiras desconhecidas.”
Henry David Thoreau
Ao longo do último ano, muito tenho escrito (e falado, nas conversas online) sobre estes Yama, os Niyama (regras de conduta pessoal, que ajudam a gerir o nosso mundo interior, sobre as quais posso escrever noutra ocasião, se virem interesse nisso…) e os kleśa (क्लेश) que são as causas de aflição ou sofrimento. É importante ter consciência que um professor de Yoga não deve transmitir senão aquilo que já conseguiu integrar na sua prática quotidiana e que, se vos falo tanto sobre estes dois primeiros membros do Aṣṭāṅgayoga, é porque eles são uma parte importante da minha própria prática pessoal (se não a mais importante!) e que, cada dia que passa, face aos desafios que me são apresentados, é neles que encontro refúgio. É também graças a eles que encontro força para continuar a avançar…
Não posso afirmar que já atingi a sua perfeição, assim, não posso dizer que possuo os poderes extraordinários que supostamente surgem, quando estão firmemente estabelecidos dentro do nosso coração. Mas continuo a esforçar-me para que a sua prática nunca fique desleixada, mesmo quando as dificuldades são muitas e a vontade de desistir começa a espreitar em cada esquina.
É tão mais fácil deixar-se distrair e ser violento com os outros ou connosco mesmos, escolher a mentira quando nos é mais confortável, roubar, nem que seja o tempo, a paciência ou a liberdade, dos outros ou as nossas, num desperdício parcial ou total da nossa energia vital com aborrecimentos e coisas supérfluas… Mas e quais serão as consequências a curto, médio e longo prazo? Valerá a pena a distração?
“Se não mudar as suas crenças, a sua vida será para sempre assim.
Isso é uma boa notícia?”
W. Somerset Maugham
A verdade é que, ao longo do último ano, sentindo toda a importância e o valor desta maravilhosa prática, principalmente durante estes tempos caóticos, com o intuito de manter o Shala🌿 a funcionar de forma mais “normal” possível, mas sem perder o alinhamento com os valores do Yoga, com o Dharma e com as Leis Universais, por vezes fui incapaz de respeitar estes preceitos… Por momentos, pus de parte a moderação e ultrapassei os meus limites, permitindo o desgaste da minha energia vital. Por vezes, não consegui abster-me de roubar o meu tempo pessoal e o da minha família para dedicar ao Shala🌿. Houve alturas em que senti que não seria possível manter o alinhamento ao dharma, sem um desapego do conforto e da segurança material e que as decisões tomadas, mesmo de forma consciente, nem sempre teriam consequências não-violentas para o futuro.
E assim vou avançando, ajustando, tentando perceber tudo o que já fiz, o que não devo voltar a fazer, o que ainda posso fazer, o que precisa ser feito de forma diferente e o que não me cabe a mim fazer…
É assim comigo. É assim também com o Padma Yoga Shala🌿, cuja estrutura energética, como já referi, depende fundamentalmente da minha. Provavelmente, será igualmente assim com alguns de vós. E, na realidade, está tudo bem!
A prática regular de Aṣṭāṅgayoga mostra-nos como tudo é sempre diferente interiormente, mesmo se do exterior tudo parece igual. Incentiva-nos a observar, a ajustar, a adaptar, a limpar, a encontrar flexibilidade, força, resiliência. Mas acima de tudo, ensina-nos a não ter medo de recomeçar tudo de novo, como se fosse a primeira vez, a cada dia que amanhece…
“Nasci em tempos rudes.
Aceitei contradições, lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo. Aprendi a viver.”
Cora Coralina
E penso que é tudo!! Desejo-vos um excelente mês de Maio!! Muito grata por abrirem espaço nas vossas rotinas e no vosso quotidiano, para a prática de Yoga, para o Padma Yoga Shala🌿 e também para mim! São vocês que dão todo o sentido ao Shala🌿 e a todo o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos 4 anos! Com todo o meu amor e carinho, desejo-vos coragem, bons questionamentos (hoje e sempre) e boas práticas… Dentro e fora do tapete! Para que um dia, possamos ver no mundo, a mudança que ocorre em nós
através do Yoga!
Namaste, 🙏💚🌿 Rita
ॐ असतो मा सद्गमय । तमसो मा ज्योतिर्गमय ।
मृत्योर्मा अमृतं गमय । ॐ शान्तिः शान्तिः शान्तिः ॥
oṁ asato mā sad gamaya । tamaso mā jyotir gamaya ।
mṛtyor mā amṛtaṁ gamaya । oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ ॥
Oṁ
Possamos nós ser conduzidos da ilusão para a verdade.
Possamos nós ser conduzidos da escuridão para a luz.
Possamos nós ser conduzidos da morte para a imortalidade.
Que haja Paz, Paz, Paz.
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